Aprovação de Dilma resiste à 1ª crise política



Folha de S.Paulo
A crise que levou à demissão do ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) na terça passada e a alta da inflação no país não tiveram impacto negativo na aprovação do governo Dilma Rousseff.
Mas a imagem pessoal da presidente piorou e os brasileiros estão mais pessimistas com os rumos da economia, especialmente com o comportamento da inflação.
Mesmo sem ter afetado a aprovação geral do governo, o caso Palocci foi prejudicial para Dilma, acreditam 60% dos brasileiros. Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 9 e 10 de junho, 49% dos entrevistados consideram a gestão Dilma como ótima ou boa. No último levantamento, de março, eram 47%.
A margem de erro da pesquisa, que ouviu 2.188 pessoas em todo o país, é de dois pontos percentuais.
Houve queda na avaliação de Dilma somente entre os brasileiros que têm ensino superior. Entre os que não passaram do fundamental ou do médio, a aprovação ficou estável ou aumentou.
Já a imagem da presidente piorou em três dos quatro aspectos pesquisados, particularmente em relação à sua capacidade de tomar decisões.
Dilma levou três semanas para demitir Palocci depois de a "Folha de S.Paulo" revelar que o patrimônio do ministro havia aumentado 20 vezes em quatro anos. O fato deflagrou a maior crise do governo da presidente até agora.
Apesar de a maior parte dos brasileiros achar que a economia vai melhorar (42%) ou ficar como está (37%) nos próximos meses, o índice dos que apostam em dias piores subiu de 9% para 17% nos últimos três meses.

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