Bombeiros são acuados e obrigados a desocupar quartel no centro do Rio



Cavalaria cercou as duas entradas do Quartel Central; helicópteros da PM sobrevoam a região

Ricardo Valota, do estadão.com.br
SÃO PAULO - Policiais do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), após a invasão do quartel general central dos bombeiros, no centro do Rio, ocorrida às 6h05 desta manhã, acuaram parte dos manifestantes, forçando-os a se posicionar próximo ao portão da frente, já que a invasão ocorreu pelos acessos do fundo.
Dois helicópteros da PM ainda sobrevoam a região. A cavalaria faz o cerco junto aos acessos tanto da frente como dos fundos para evitar que os bombeiros que estavam do lado de fora no momento da invasão entrem no pátio. Boa parte dos bombeiros já deixou o pátio em razão do gás que tomou conta do local.
Os tiros ouvidos por quem estava fora do quartel eram todos de festim, mas assustaram aos manifestantes, que também foram enfrentados com bombas de efeito moral. Muitos dos bombeiros, ironicamente, aplaudiram a ação do policiamento ostensivo que invadiu o quartel. Um grupo realizou uma caminhada no entorno do pátio gritando palavras de ordem.
Crianças e esposas dos manifestantes foram para salas localizadas no segundo andar do prédio, onde o gás lacrimogêneo não teria chegado. Três supostos líderes do movimento deixaram o pátio detidos e teriam sido encaminhados para a sede do Batalhão de Choque.
Uma nota da Secretaria Estadual da Fazenda afirma que essa manifestação dos bombeiros foi um "gesto de radicalização" e que é o governo que espera uma contraproposta salarial dos bombeiros e não o contrário. A nota da Fazenda ainda cita os números relativos ao impacto do aumento salarial exigido pela corporação, que exige salário inicial de R$ 2 mil. Um soldado dos bombeiros recebe atualmente R$ 950,00 no início de carreira.



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