TIAGO DANTAS
A Fábrica dos Sonhos, projeto da Prefeitura de São Paulo para abrigar os barracões das 14 escolas de samba do grupo especial, pode ficar sem um espaço destinado a shows. O equipamento, que recebeu o nome de “Casa de Bambas”, foi substituído por um estacionamento na proposta atual. A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo não concorda com a mudança e pretende pedir que a arena seja construída.
Os sambistas alegam que a casa de espetáculos é necessária porque a cidade tem poucos espaços para shows de carnaval. Além disso, dizem que raramente conseguem espaço no Parque do Anhembi, onde fica o sambódromo. “Está complicado achar lugar para evento. A Liga vai comemorar 25 anos em 19 de junho, mas só vamos poder comemorar dois meses depois. O Anhembi só tinha espaço em agosto”, afirma o presidente da Liga, Paulo Sérgio Ferreira, o Serginho, que também é presidente da Unidos de Vila Maria.
Embora a Prefeitura diga que a decisão de descartar a “Casa de Bambas” não é definitiva, a informação aparece no Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA), encaminhado à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente em abril. Se o documento for aprovado, as obras podem começar. Serão necessários 18 meses para erguer o complexo que terá, além dos barracões, escola para quem confecciona fantasias e alegorias, espaço para reciclagem e museu.
As obras estão orçadas em cerca de R$ 124 milhões. A expectativa é que as agremiações possam utilizar o equipamento no início de 2013. “Vamos conversar com Prefeitura porque precisa começar logo”, diz Serginho. Segundo ele, o assunto será tratado em uma reunião marcada para terça-feira com a São Paulo Turismo (SPTuris). “Se tirarem a casa de shows, vai perder até um pouco do atrativo turístico da Cidade do Samba”, avalia o presidente da Liga
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