Para Dilma, vitória de Graziano na FAO reflete reconhecimento do Brasil




A presidente Dilma Rousseff divulgou nota neste domingo (26) comemorando a vitória do ex-ministro José Graziano,61, na disputa pela direção-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).
Graziano concorreu ao cargo com outros cinco candidatos e será o primeiro latino-americano a dirigir a organização.
Moacyr Lopes Junior-7.fev.2010/Folhapress
O brasileiro José Graziano da Silva foi o candidato mais votado para presidir a FAO, derrotando o espanhol Moratinos
O brasileiro José Graziano da Silva foi o candidato mais votado para presidir a FAO, derrotando o espanhol Moratinos
"Sua reconhecida contribuição na formulação da bem-sucedida estratégia governamental de assegurar o direito dos povos à alimentação, aliada às sólidas credenciais acadêmicas e o profundo conhecimento da FAO, acumulado à frente do escritório regional da entidade em Santiago, conferem a José Graziano qualificações essenciais para o cargo que ocupará nos próximos quatro anos", afirma a nota da presidência divulgada na tarde deste domingo (26).
A eleição ocorreu hoje, em Roma, sede da FAO. Atualmente, entre as 15 agências da ONU, somente uma --a Organização Internacional do Trabalho-- é liderada por um latino-americano.
Na nota, a presidente afirma que a vitória do brasileiro reflete "o reconhecimento pela comunidade internacional das transformações socioeconômicas em curso em nosso País --que contribuem de forma decisiva para a democratização de oportunidades para milhões de brasileiras e brasileiros".
Graziano foi ministro de Segurança Alimentar e Combate à fome de Lula. O mandato do brasileiro se estende de 2012 a 2015.
Em votação de segundo turno, o brasileiro obteve 92 votos, sendo apoiado pela Indonésia e os chamados "países não-alinhados"do G-77, entre eles, boa parte da África. No primeiro turno, Graziano já havia superado Moratinos por 77 a 72 votos. As eleições foram realizadas neste domingo, em Roma.
PAPEL DA FAO
A FAO, criada em 1945 com sede em Roma, conduz as atividades internacionais encaminhadas a erradicar a fome em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento.
Na prática, a organização viabiliza fóruns de discussão entre os países, para que eles possam se encontrar e negociar acordos.
Também é papel da FAO proporcionar conhecimento através de estudos e análises, além de fornecer assistência técnica e realizar projetos junto a 191 países.
Mas os principais projetos da FAO dizem respeito à luta contra a fome. Em setembro, a organização divulgou que a subnutrição no mundo diminuiu pela primeira vez em 15 anos. Segundo o relatório, em 2010 o número de pessoas subnutridas caiu de 1,02 bilhão para 925 milhões.
Para se ter uma ideia, as metas do milênio estabelecidas pela ONU falam na redução pela metade do número de subnutridos até o ano de 2015. Para cumprir a meta, daqui três anos este número terá de estar em cerca de 400 milhões de pessoas.

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