Prefeito e primeira-dama de Taubaté negam participação em fraude



SÍLVIA FREIRE
ENVIADA ESPECIAL A SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
Em depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira, o prefeito de Taubaté (SP), Roberto Peixoto (PMDB), a primeira-dama, Luciana Peixoto, e o ex-funcionário da prefeitura Carlos Anderson negaram participação em esquema de superfaturamento ou contratação irregular na prefeitura. Eles foram presos na manhã de hoje durante a chamada Operação Urupês.
Lucas Lacaz Ruiz-9.abr.2010/Folhapress
TAUBATÉ, SP, 09.04.2010: MUSEU MAZZAROPI - (Esq-p-Dir) - O Diretor do Instituto Mazzaropi, João Roman Neto e o prefeito de Taubaté, Roberto Pereira Peixoto, ambos com suas esposas. Inauguração do novo prédio do Museu Mazzaropi, que fica na Estrada Amácio Mazzaropi, 201, em Taubaté. O evento organizado pelo Instituto Mazzaropi contou também com um coquetel de lançamento do livro "Sai da Frente! A vida e a obra de Mazzaropi", de autoria da jornalista Marcela Matos, da Editora Desiderata. (Foto: Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress)
O prefeito de Taubaté, Roberto Pereira Peixoto (PMDB), preso em operação da PF sob suspeita de fraudar licitações
Os três são suspeitos de envolvimento em fraudes a licitações para a compra, gerenciamento e distribuição de medicamentos e merenda escolar por meio de empresa registrada em nome de laranjas.
A defesa do prefeito e de sua mulher pretende entrar com pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
O advogado do casal, Alfredo José Gonçalves Rodrigues, diz que os dois são inocentes e que as prisões foram "desproporcionais e desnecessárias".
A reportagem não conseguiu falar com o advogado de Anderson.
Segundo o delegado da PF (Polícia Federal) Ricardo Carneiro, as prisões tiveram autorização da Justiça e foram necessárias para que os suspeitos não atrapalhassem as investigações.
Iniciadas em 2009, as investigações apontaram que uma das empresas contratadas pela prefeitura para gerenciar a distribuição dos remédios não tinha sede montada nem equipamentos de informática ou telefones.
Segundo o delegado Carneiro, as empresas eram contratadas sem licitação, por até R$ 30 milhões.
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão --dez na região de Taubaté e três na cidade de São Paulo--, além dos três mandados de prisão temporária.
Foram apreendidos documentos e computadores na casa e no gabinete do prefeito, no departamento de compras da prefeitura e na sede de empresas contratadas.

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