Mulher é mantida refém por 1 mês no porão de residência na zona leste de SP



Durante o tempo que ficou refém do ex-marido, a vítima se alimentava de macarrão instantâneo e água e era forçada a fazer sexo com o acusado


Ricardo Valota e Carolina Spillari, do estadão.com.br
SÃO PAULO -  Raptada pelo ex-marido e mantida refém por cerca de 30 dias no porão da residência do acusado, Sirlene Machado dos Santos, de 48 anos, foi libertada, por volta das 20h30 de segunda-feira, 11, por policiais militares da 2ª Companhia do 29º Batalhão, na região de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo.
O pedreiro Laércio Leonardo dos Santos, de 51 anos, quando foi preso em flagrante, estava ao lado da mãe e de duas irmãs, com as quais morava, numa das casas da Rua Segundo Murari, o imóvel. As mulheres, segundo a polícia, sabiam do que ocorria, mas, com medo de apanharem de Laércio, não tiveram coragem de denunciá-lo.
Após receberem uma ligação via 190, não se sabe se de uma das mulheres, na noite de segunda-feira, os policiais dirigiram-se até a casa e, recebidos pela mãe do acusado, foram informados que ninguém daquela residência havia entrado em contato com a PM. "Como verificamos que seria uma pessoa idônea, fomos embora, mas, 15 minutos depois, recebemos nova chamada de uma pessoa dizendo que realmente havia uma mulher em cárcere privado naquela casa onde batemos e que um tal de Laércio era o que mantinha a vítima trancada", afirmou o sargento PM Leonel Sanchez.
Ao retornarem para o mesmo imóvel, já em duas viaturas, os policiais conseguiram convencer o pedreiro a ir até o portão. Uma das equipes então entrou na residência e localizou a vítima. "Ela estava em um cubículo mal cheiroso, úmido. Ficou durante 30 dias vivendo apenas de água e Miojo. Por várias vezes foi forçada a manter relação sexual com o acusado", relatou o sargento.
Apesar de não serem ameaçadas com nenhum tipo de arma, a mãe e as duas irmãs não tiveram coragem de ir até a delegacia e prestar queixa contra o pedreiro, que foi autuado em flagrante no 63º Distrito Policial, da Vila Jacuí, por cárcere privado e estupro. Debilitada, Sirlene foi encaminhada ao Hospital Tide Setubal, liberada para ir até a delegacia; e, de lá, transferida para o Hospital Pérola Byington.

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