Região produz 50 toneladas por semana para merenda



Carolina Santana
Semanalmente, cerca de mil produtores rurais da região, organizados em sete cooperativas e duas associações, fornecem cinquenta toneladas de alimentos para a merenda escolar de pelo menos cinco cidades. Em volume, o fornecimento mais expressivo é para a cidade de São Bernardo do Campo que, por semana, compra 22 toneladas da produção local. Além de frutas e verduras, as cooperativas da região fornecem mel e legumes para as escolas da rede pública. Além de São Bernardo do Campo, as cidades de Sorocaba, Iperó, Porto Feliz e Capivari também recebem alimentos produzidos na região.
Tanto as cooperativas quanto as associações são formadas, em sua grande maioria, por pequenos produtores e a agricultura familiar predomina. De acordo com a presidente da Cooperativa de Produtores de Alimentos Diferenciados (Copad), Elaine Maria Zecchin, há uma exigência governamental de que os grupos sejam formados por, no mínimo, 70% de propriedades familiares.
Os contratos fechados com as escolas ajudaram a alavancar o fortalecimento das cooperativas. "Isto foi uma coisa muito boa. Ajuda a manter as famílias no campo. É um ótimo incentivo para os produtores, principalmente os menores", explica Elaine.
 
Central das cooperativas
 
Apesar de já funcionar na prática, as cooperativas trabalham na formação de uma central de cooperativas. O trâmite burocrático permitirá que seja aumentado o número de produtores.
"Essas organizações são muito importantes para a autoestima do produtor rural, fortalecem o homem do campo", pondera o presidente do Sindicato Rural de Sorocaba e Região, Luiz Marcello. Ele é defensor deste modelo produtivo e explica que os próprios agricultores administram todas as etapas do processo, eliminando assim, a figura do atravessador.
 
Encontro com merendeiras
 
Na última quinta-feira, as cooperativas de produtores rurais da região receberam um grupo de cinquenta merendeiras e nutricionistas da cidade de São Bernardo do Campos. "A ideia foi mostrar para elas de onde vem os alimentos que são servidos nas escolas", explica Elaine.
Além de conhecer a origem dos alimentos, o encontro teve a conscientização para o melhor aproveitamento dos produtos, revela Elaine. "São muitas regras para poder fornecer alimentos para as escolas. Se um pé de tomate, que tem que ter quinhentas gramas, estava com 450 gramas, ele era rejeitado por elas", exemplifica a presidente da Copad.
Como muitas das merendeiras não conheciam as etapas do processo produtivo, elas foram convidadas a conhecer as plantações. "O resultado foi muito bom. Vimos que elas entenderam bem o propósito do encontro", comemora Elaine.
As merendeiras que participaram do encontro foram escolhidas por meio de sorteio. Segundo Elaine, a experiência foi tão boa que as cooperativas já pensam em repetir o encontro com merendeiras vindas de outras cidades.
 
Cooperativas
 
Na Copad são 87 cooperados vindos principalmente das cidades de Capela do Alto e Araçoiaba da Serra. "A nossa cooperativa manda vinte itens para as escolas", revela a presidente. Ela explica ainda que, como muitas propriedades têm produção semelhante, foi feita uma separação dos itens que cada cooperativa vende para as merendeiras. As cooperativas que fazem parte do projeto são a Copad, Comapre, Coapis, Coopafapis, Coopas, Coopguaçu e a Coap. O grupo é reforçado pela Associação do Morro e Associação 16 de Maio.
 

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