FABIANO NUNES
TIAGO DANTAS
A Santa Ifigênia, na região central de São Paulo, é o bairro que registrou o maior número de roubos no primeiro semestre, de acordo com as estatísticas da Secretaria da Segurança Pública. Entre janeiro e julho, o 3.º Distrito Policial (Santa Ifigênia) teve 1.587 casos. Em segundo lugar vem o 1.º DP (Sé), também na região central, que registrou 1.313 ocorrências de roubo no mesmo período. Já o bairro da Lapa, na zona oeste, continua a liderar o número de roubo e furtos de veículos nos primeiros seis meses do ano.
TIAGO DANTAS
A Santa Ifigênia, na região central de São Paulo, é o bairro que registrou o maior número de roubos no primeiro semestre, de acordo com as estatísticas da Secretaria da Segurança Pública. Entre janeiro e julho, o 3.º Distrito Policial (Santa Ifigênia) teve 1.587 casos. Em segundo lugar vem o 1.º DP (Sé), também na região central, que registrou 1.313 ocorrências de roubo no mesmo período. Já o bairro da Lapa, na zona oeste, continua a liderar o número de roubo e furtos de veículos nos primeiros seis meses do ano.
De acordo com a polícia e especialistas, o número de roubos em Santa Ifigênia pode ser explicado pela concentração de dependentes químicos e traficantes na região da cracolândia, dentro da área do 3.º DP. O comerciante Marco Aurélio Santos, de 49 anos, é parte da estatística. Ele inaugurou uma loja de equipamentos de informática na Rua dos Timbiras em 23 de dezembro. Desde então, foi assaltado três vezes. “Levaram dois celulares, um notebook e um monitor LCD. Em uma das vezes, meu filho correu atrás do bandido, mas não vale a pena. O jeito é ter cuidado”, afirmou o vendedor, que credita a ocorrência dos crimes aos usuários de droga que vivem nas ruas da vizinhança.
Perto dali, na Rua Santa Ifigênia, comerciantes dizem que os viciados estão furtando o ferro dos toldos das lojas durante a noite. “Aqui a gente tinha um toldo com base de alumínio, bonito, com nome da loja e tudo. Levaram para trocar por crack, com certeza”, afirma o vendedor William Feitosa, de 37. Segundo ele, a presença de policiais militares na Operação Delegada, durante o horário comercial, inibe a ação dos ladrões.
Para a Associação de Moradores de Santa Ifigênia e Luz, é preciso reforçar o policiamento à noite. “Durante o dia vemos a circulação da PM na região, mas à noite isso aqui fica abandonado”, reclamou a presidente da associação, Paula Ribas. Ela disse que já presenciou ataques em pontos onde há pouca iluminação. “Os ladrões ficam escondidos em pontos onde a rua fica um breu. Já vi ataques na Avenida Ipiranga. A criminalidade vai diminuir muito se melhorarem a iluminação no centro.”
A Câmara de Dirigentes Lojistas da Santa Ifigênia (CDL) disse que está disposta a fazer parcerias com a polícia para diminuir o número de casos. “A gente pode doar até câmeras para a polícia monitorar a região, principalmente à noite. Também estamos fazendo um projeto de revitalização para melhorar a iluminação do bairro”, explicou o presidente da CDL, Joseph Hanna Riachi.
A Lapa continua sendo o bairro com mais registros de roubo e furto de carro nos primeiros seis meses. Até o fim de junho foram 1.074 casos – média de 6 por dia –, 16% a mais do que o segundo colocado, Perdizes, também na zona oeste, que teve 925 casos
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