SUS irá adotar testes rápidos para hepatites B e C a partir de agosto


A partir de agosto, o Sistema Único de Saúde começa a oferecer testes rápidos para detectar as hepatites B e C, divulgou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira, 18. Os resultados dos exames ficarão prontos em 30 minutos.
Os investimentos, segundo Ministério da Saúde, são da ordem de R$ 10,6 milhões para a aquisição de 3,6 milhões de testes.
Os usuários dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) das capitais do país terão a sua disposição o teste a princípio. Em um segundo momento, os testes passarão a ser oferecidos às unidades básicas de saúde.
Triagem
Segundo o Ministério da Saúde, os testes rápidos são exames de triagem. O paciente que tiver o resultado do teste positivo para hepatite B ou C será encaminhado para a rede de saúde para ter seu diagnóstico concluído. Para fazer o teste é preciso apenas uma gota de sangue.
Os pacientes que passam pelo exame recebem aconselhamento antes e depois da testo, do mesmo modo como no diagnóstico da infecção pelo HIV, acrescenta o Ministério.
Novo tratamento da hepatite C
O Ministério da Saúde publicou portaria instituindo o novo protocolo de tratamento para a hepatite C, nesta segunda-feira, 18. Entre as mudanças previstas pelas novas regras está a ampliação do uso de interferon peguilado, mais confortável para o paciente que a apresentação convencional.
O interferon é uma proteína naturalmente produzida em nosso corpo com a função de atuar como um mensageiro na luta contra os vírus invasores. Na peguilação, é associada uma molécula de interferon a uma molécula de uma substância inerte chamada polietilenoglicol. O interferon peguilado permite que o interferon permaneça mais tempo em contato com o vírus. A administração do medicamento passa a ser feita apenas uma única vez por semana.
Também deverá ser dispensada a biópsia prévia para início do tratamento em alguns casos e a simplificação do processo para autorizar a prorrogação do tratamento.
Conforme o Ministério da Saúde, na prática, a medida permite mais agilidade para indicar o prolongamento de tratamento.
Pelo texto anterior de 2007, a extensão do uso do interferon era garantida desde que houvesse aprovação do Comitê Estadual de Hepatites Virais. Pela nova regra, o médico que acompanha o paciente já pode prescrever a continuidade do tratamento, conforme os critérios estabelecidos no documento.
Carolina Spillari

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