América Latina e o Caribe.

do jornal da estância

Em seu Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2010-2011, apresentado  pela Secretária Executiva do organismo das Nações Unidas, Alicia Bárcena, a CEPAL indica que este crescimento implica em um aumento de 3,6% do PIB por habitante e reafirma que a atual conjuntura obriga a dar-se especial atenção aos desafios de política macroeconômica que a região enfrentará.
"Até que ponto estão a América Latina e o Caribe preparados  para administrar o crescimento econômico? Devemos recuperar o espaço fiscal para ter a capacidade de adotar medidas que assegurem um crescimento sustentado, com emprego produtivo e igualdade", afirmou Alicia Bárcena.
O crescimento regional em 2011 baseia-se em grande parte no impulso do consumo privado, explicado pela melhora dos indicadores do trabalho  e o aumento do crédito. Ao mesmo tempo, o esgotamento da capacidade produtiva ociosa, originado na sustentação da demanda interna, está dando lugar a um aumento do investimento que se beneficia de uma maior disponibilidade de crédito e que recupera os níveis alcançados antes da crise.
Segundo o Relatório, a expansão repercutirá também de forma positiva no mercado de trabalho da região, no qual estima-se   uma nova redução da taxa de desemprego de 7,3% em 2010 para entre 6,7% e 7% em 2011.
Da mesma forma que nos últimos anos, espera-se um crescimento  em três velocidades  na região. Por um lado, as maiores taxas de expansão são observadas na América do Sul, área que crescerá 5,1% em 2011, favorecida pela melhora significativa de seus termos de troca pelos maiores preços obtidos nas exportações de produtos básicos, nos quais está especializada. Entretanto, a sub-região da América Central em seu conjunto alcançará 4,3% e as economias do Caribe, 1,9%.
Nos países, o crescimento este ano será encabeçado pelo Panamá (8,5%), seguido pela Argentina (8,3%), Haiti (8,0%) e Peru (7,1%). Seguidos pelo Uruguai com 6,8%, Equador (6,4%), Chile (6,3%) e Paraguai (5,7%).  O Brasil e o México crescerão 4,0%, a Venezuela 4,5% e a Colômbia 5,3%.
 A CEPAL adverte que o aumento dos preços internacionais dos alimentos e dos combustíveis, no contexto de um aumento da demanda interna, tem dado lugar ao surgimento de pressões inflacionárias. Como consequência, observa-se um relativo endurecimento da política monetária em vários países da região, o que tem aumentado a diferença entre as taxas de juros internas e as internacionais. Em uma conjuntura caracterizada por uma grande liquidez externa, esta situação favorece uma apreciação das taxas de câmbio nos países da região.
Perspectivas
Espera-se que a América Latina e o Caribe cresçam 4,1% em 2012, equivalente a um aumento de 3,0% no produto por habitante, mesmo persistindo uma elevada incerteza derivada da conjuntura externa.

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