A crise do trabalho


     do jornal da estância                                                  

A reduçao da quantidade de emprego afeta diretamente o mercado de trabalho, que se encolhe e fica mais seletivo, acentuando as têndencias de exclusâo social dos menos aptos. É importante nâo esquecer que tudo isso ocorre num contexto de globalizaçâo da economia e, por tanto , do pròprio mercado de trabalho.A globalizaçâo significa tambem uma maior exigencia de flexibilização ,tanto da parte das empresas quanto ao trabalhador , Daí se conclui que o trabalhador com maior capacidade de adaptação a situações novas ,ou seja ,ele tem que ser flexivel do ponto de vista espacial (porque o mercado se globalizou) e temporal ,porque as novas tecnologias exigem um aprendizado constanste . Em tais circunstancias quanto mais alta for sua formação cultural ,maior serà sua capacidade de adquirir novos conhecimentos e, por tanto,de se adaptar a um mundo em rápida e constanste mudança . Isto tem, por outro lado, consequências sobre a identidade do trabalhador que com a instabilidade de sua condição atual perde suas principais referencias . Mas a redução da quantidae global de trabalho afeta tambem a etica do trabalho, que sofre a ação conjunta ,de um lado,do tempo livre e de outro do desemprego prolongado.
Tudo isso parece em contradição com a imagem de uma sociedade no qual o trabalho e um valor central, no entanto para que o trabalho continue a ser um valor central na vida dos cidadãos é necesario que haja tambem a possibilidade de escolhas, isto é, é preciso que haja trabalho pelo menos para aqueles que querem trabalhar
O sentimento dominante é portanto, ao contrario ,o de uma sociedade para o qual o trabalho sempre desempenhou  o papel de veículo para a cidadania social,mas que não pode oferecer trabalho para todos.
Ora ,não seria isso suficiente para caracterizar uma situação de crise?.Crise que , alias atinge os principais fundamentos da sociedade de trabalho, o mercado de trabalho, o trabalhador e a propria ética do trabalho. É  se os fundamentos da sociedade de trabalho estão em crise, como não reconhecer que a sociedade de trabalho, ele própria, esteja em crise?.


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