Metrô em marcha lenta e cotidiano da lata de sardinha: Companhia tem recorde de panes e deixa de investir R$ 3,6 bilhões em três anos




O morador de São Paulo vive as agruras diárias da superlotação do Metrô, o que leva
inclusive idosos a evitarem usar este tipo de transporte. Além disto, as panes e falhas já fazem parte do conturbado cotidiano dos moradores da capital paulista.
Os investimentos no Metrô caminham a passos de tartaruga, como já foi mostrado pela imprensa. Nas gestões tucanas, a expansão do sistema se limita a 1,6 quilômetro
por ano, o que favorece a superlotação e a frequência de panes.
A prática de contingenciamento nos investimentos da Companhia já deu seus sinais neste ano. Para o primeiro semestre, estavam previstos investimentos na ordem de R$ 3bilhões, mas, segundo informações do Sigeo – Sistema de Informação e Gerenciamento do Orçamento, não houve nenhuma liquidação ou pagamento.
De 2008 a 2010, os investimentos no Metrô somariam o montante de R$ 9,58 bilhões, no entanto, só foi gasta a quantia de R$ 5,95 bilhões. Desta forma, deixou-se de gastar
quase R$ 3,63 bilhões (-37,88%).
Em 2010, o Metrô previa gastar com investimentos R$ 4 bilhões e foram aplicados apenas R$ 1,7 bilhão, ou seja, deixaram de ser executados R$ 2,3 bilhões ou 57,50% dos recursos estipulados no orçamento estadual.
Os investimentos para criação de novas linhas apresentaram outros problemas: linha 5 –Lilás, onde o corte foi de R$ 1,48 bilhão (-86%); já na linha 4, de R$ 243 milhões (-38%); e para o Expresso Tiradentes (linha 2 - verde) chegou a R$ 248 milhões (-53%). A mesma redução ocorreu na linha 2 – Verde, onde não foram investidos R$ 134 milhões (-38%), e na linha 17 – ouro, R$ 137 milhões (-99%). Para a linha 6 - Laranja não foi gasto um centavo.
O governo estadual paulista é incapaz de anunciar uma obra metroviária e cumpri-la no prazo determinado, no seu planejamento. A linha 4 – Amarela foi prometida inicialmente por Geraldo Alckmin para iniciar a fase 1 em 2006, depois postergada para 2008.
No Plano Expansão do governo José Serra, a linha deveria ser operacional até 2010.
Estamos em 2011 e, até o momento, das seis estações previstas, funcionam quatro em fase experimental.
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O governo Serra prometeu a inauguração de mais duas estações da linha 5 – Lilás em 2010, fato que não ocorreu.
Isto mostra que a falta de investimentos do Estado no Metrô tem degradado ainda mais a precária condição das linhas metroviárias e daí as constantes falhas e problemas operacionais.
Projetos que ficaram no papel no PPA 2004-2007 do governo Alckmin:
• Implantação do Expresso Aeroporto e Trem de Guarulhos – 100% até 2007. Não
saiu do papel.
• Implantação do TRIM – Trem Intermetropolitano – SP-Campinas – 100% até 2007.
Foi rebatizado de Expresso Bandeirantes. Não saiu do papel. .
• Implantação do TIM de Santos- VLT - 100% até 2007. Também não saiu do
papel.
• Implantação do segundo trecho da Linha 5 – Lilás – 65,13% até 2007. Não saiu do
papel.
• Implantação dos sistemas de baixa capacidade nas regiões metropolitanas –
100% até 2007. Não saiu do papel.
• Implantação da Linha 8 – Rosa- Raposo Tavares-V. Guilherme – 7,25% até 2007.
Não saiu do papel.
• Construção do Ferroanel – 100% até 2007. Não saiu do papel.
Promessas de Serra que não foram cumpridas no Plano Expansão 2007-2010
• Linha 4 – Amarela do METRÔ
• Linha 5 – Lilás do METRÔ
• Modernização das linhas A, C e F da CPTM, e Linhas 1 – Azul e 3 – Vermelha do
Metrô
• Expresso Aeroporto / Trem Guarulhos
• Modernização da Linha D e Expresso ABC
• Sistema Integrado Metropolitano – SIM da Baixada Santista

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