Oposição na Líbia quer julgar Khadafi e faz campanha em busca de recursos para o país


Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia,  Mustafa Abdeljalil, quer que o presidente Muammar Khadafi seja submetido, primeiro, a um julgamento no país e só depois enviado para o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. No TPI, Khadafi e alguns de seus colaboradores são acusados de crimes de guerra e contra a humanidade, como violação de direitos humanos, massacre e agressões generalizadas.
O Tribunal Penal Internacional também emitiu mandados de prisão por crimes contra a humanidade contra Seif Al Islam, filho de Khadafi, e Abdallah al-Senussi, cunhado dele, chefe dos serviços de informação.
“O mandado de detenção internacional se refere aos crimes cometidos desde fevereiro”, disse Abdeljalil.  “Os tribunais da Líbia é que devem julgar Khadafi por todos os crimes cometidos nos últimos 42 anos, só depois ele poderá ser entregue ao tribunal em Haia”.
Paralelamente, o Conselho Nacional de Transição da Líbia faz campanha para que a comunidade internacional descongele os fundos destinados ao país. A oposição informou que precisa de recursos para reorganizar a Líbia, inclusive levantando dinheiro para o pagamento dos funcionários públicos que há meses não recebem os salários.
Ontem (25) o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou o desbloqueio de US$ 1,5 bilhão, referente aos fundos líbios, para financiar uma ajuda de emergência à reconstrução do país. Também ontem os membros do grupo de contato prometeram à oposição acelerar as negociações para a libertação de ativos líbios congelados, permitindo a transferência de US$ 2,5 bilhões até o fim do mês.

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