Pagura deve depor em Sorocaba




Leandro Nogueiraleandro.nogueira@jcruzeiro.com.br

Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco) em Sorocaba crêem na possibilidade do ex-secretário estadual de Esporte, Jorge Roberto Pagura, ser interrogado na delegacia sorocabana do Grupo Anti-Sequestro (GAS), na apuração da série de indícios de fraudes em supostos esquemas de licitação e pagamento para médicos que deixavam de prestar plantões no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). A promotora Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho tem a expectativa que, em cerca de 30 dias, a Procuradoria Geral de Justiça manifeste-se se ouvirá Pagura ou se o deixará sob a incumbência dos promotores em Sorocaba.

O promotor Wellington dos Santos Veloso declara que a investigação tem evidências de que Pagura cometeu crimes. "Possivelmente essa investigação vai seguir conosco, mas por enquanto não temos um posicionamento da Procuradoria Geral", declarou a promotora Maria Aparecida Castanho. "Uma vez que deixou de ser secretário ele não tem mais o chamado foro privilegiado", afirma Veloso. Em meados de junho, quando houve as prisões para ouvir 12 dos 14 pessoas supostamente envolvidos, também foi levantada suspeita do neurocirurgião Jorge Roberto Pagura receber por plantões que não fazia no CHS. Na época, ele ainda ocupava a função de secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude e pediu demissão, aceita pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).


Novos 22 suspeitos de participarem das fraudes no CHS foram interrogados nas últimas quarta e quinta-feira pelo GAS e Gaeco. Segundo o promotor de Justiça, Claudio Bonadia de Souza, enfermeiros, médicos e um auxiliar de enfermagem foram convocados para prestar depoimentos. Um auxiliar de enfermagem e um médico deixaram de comparecer e se não atenderem a nova intimação poderá haver decretos de prisões contra eles. Entre os ouvidos havia um médico da Paraíba suspeito de receber R$ 700,00 por plantão no CHS. Ele teria dito que dava os plantões quinzenalmente. Até o momento, há 17 indiciados. Todas as 12 pessoas presas no início da operação foram soltas após interrogatórios.

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