Passageiros de ônibus no Rio negam que bandidos tenham atirado




Folha Rio
Os passageiros de um ônibus que foi sequestrado por bandidos na região central do Rio na noite de terça-feira (9) foram categóricos ao afirmar que os disparos vieram de fora do veículo.
"As vítimas disseram que eles (os assaltantes) não dispararam um só tiro dentro do ônibus", relatou a delegada Gisele Rosemberg, da 6ª DP (centro do Rio). Apenas uma perícia, no entanto, vai confirmar de onde partiram os tiros.
O ônibus tinha cerca de 20 passageiros quando foi invadido, por volta das 19h30, por um grupo armado. A polícia cercou o veículo e houve tiroteio. Cinco pessoas ficaram feridas.
Na lataria do coletivo, que seguia para Duque de Caxias, região metropolitana do Rio, era possível contar ao menos nove tiros, sendo dois deles na altura dos bancos dos passageiros.
Três dos quatro assaltantes que sequestraram o ônibus foram presos. Um suposto quarto integrante da quadrilha já foi identificado e está sendo procurado.
Bruno da Silva Lima e Renato da Costa Júnior se entregaram após uma curta negociação com agentes do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Com os dois foram encontradas três pistolas e uma granada.
O terceiro criminoso, Jean Júnior da Costa Oliveira, que havia fugido, foi preso pouco depois de dar entrada no hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul da cidade, com um tiro na perna -- os funcionários suspeitaram do caso e o denunciaram à polícia.
Segundo a polícia, o suspeito é morador da favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, e não possui antecedentes criminais. O rapaz negou participação no crime, mas foi reconhecido por foto por um casal que teve o carro roubado por ele durante a fuga.
Os suspeitos detidos irão responder por roubo, formação de quadrilha e receptação de arma roubada.
Marcelo Regua/Ag. O Dia
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FERIDOS
Dos cinco feridos no tiroteio, um homem baleado no pescoço não estava no veículo assaltado, e sim num carro particular que passava pelo local. Alcir Pereira de Carvalho, 56, encontra-se em estado grave no hospital Souza Aguiar, no centro do Rio.
Três passageiros do ônibus foram baleados e também estão internados no Souza Aguiar. Liza Mônica Pereira, 46, teve o pulmão perfurado e está em estado grave, no CTI (Centro de Tratamento Intensivo).
Fabiana Gomes da Silva, 30, baleada no glúteo, e Josuel dos Santos Messia, 42, atingido de raspão na perna, estão fora de perigo.
Também foi ferido no tiroteio um policial, que está internado no Hospital Central da Polícia Militar. A PM não divulgou o nome nem o estado de saúde dele.
CERCO
Policiais militares que estavam próximo a faculdade Estácio de Sá, por volta das 19h30, suspeitaram que havia algo errado com o o ônibus estava parado por algum tempo no local e pediram reforço. O comandante da PM Mário Sérgio Duarte afirmou que policiais que estavam a pé próximos ao ônibus souberam que havia homens armados no interior do veículo e acionaram colegas.
O veículo foi cercado na avenida Presidente Vargas, centro do Rio. No interior do coletivo, criminosos armados estariam fazendo cerca de 20 passageiros reféns.
Um policial do Bope negociou com os assaltantes e 11 reféns libertados sem ferimentos graves, segundo o comandante da PM.
Duarte disse ainda que foram encontradas "armas curtas" e uma granada com os criminosos.
O eletricista Leandro Cosme da Silva, 25, disse que o ônibus sequestrado furou o primeiro bloqueio que policiais militares tentaram fazer ao veículo.
Silva esperava o mesmo ônibus no ponto seguinte da avenida quando viu a abordagem policial. "Estava esperando no ponto quando vi a polícia bloquear o ônibus. Quando começaram a gritar 'ele vai passar, ele vai passar' é que a gente viu que era assalto", contou.
Segundo ele, após a passagem do veículo os policiais montaram novo bloqueio, que o ônibus --dirigido por um dos criminosos-- tentou furar mais uma vez. Os policiais, então, dispararam contra os pneus para forçar a parada do veículo

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