Polícia prende servidor público acusado de desviar R$ 1 milhão da prefeitura de Araras (SP)


condomínio em que morava o funcionário 
por Bruno Siffredi 
Ricardo Chapola, do estadão.com.br
Indiciado por desviar um montante calculado em R$ 1 milhão dos cofres públicos para a própria conta desde o fim de 2009, o chefe da folha de pagamento da prefeitura de Araras Carlos Eduardo Pavan foi preso na última quinta-feira em sua casa, na cidade do interior de São Paulo.
As investigações abertas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público desde o começo do mês, até agora, só conseguiu juntar provas de que R$ 160 mil foram remanejados nos últimos três meses. O delegado titular de Araras, Sydney Urbach, disse ao Estado que mais provas virão à tona na medida em que se autorize a quebra de sigilo bancário, que deve ocorrer até o final de agosto. O delegado disse que a polícia só teve acesso às últimas 3 folhas, da qual constataram a manobra de R$ 40 mil por mês para a conta do acusado. “Para se ter uma ideia das dimensões da acusação, a quantia concerne a 10% dos fundos que Araras destina a investimentos”, comparou.
Fantasmas. O esquema armado pelo servidor consistiu na criação de 8 entidades fantasmas para as quais eram movimentados os valores determinados em R$ 5 mil, o que, segundo o delegado, foi um dos motivos que instigou a investigação. “O esquema foi bem primário, porque tudo foi desviado para a própria conta do acusado, e em valores muito suspeitos, muito redondos e repetidos para todos os fantasmas”, comentou.
No apartamento onde a polícia prendeu Carlos Eduardo Pavan, a polícia apreendeu seu passaporte, em que estavam registradas 9 viagens para o exterior realizadas entre janeiro de 2010 e abril de 2011: uma viagem para a Europa, três para os EUA, três para a Argentina, uma para o Chile e uma para o Peru.
Durante a operação, a polícia relatou que Carlos Eduardo Pavan tentou suicídio com um estilete, mas que só resultou em ferimentos graças à intervenção dos policiais. O servidor acusado está sujeito a uma pena que pode chegar a um ressarcimento de até 3 vezes o valor desviado dos cofres ararenses.
Outro lado. O advogado de Carlos Eduardo Pavan afirmou que já abriu um pedido de liberdade provisória, ainda não julgado pela promotoria. Até lá, o chefe da folha salarial permanecerá preso

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