Seis em dez escolas têm salas lotadas


Folha de S.Paulo
Seis em cada dez escolas estaduais de ensino básico --ou 60% delas-- possuem ao menos uma sala com mais estudantes que o recomendado pelo governo de SP.
Estudantes reclamam que são obrigados a ficar apertados, a "caçar" carteiras em outras salas e até a dividir assentos com colegas, pois chegam a faltar carteiras.
O tamanho da turma influencia na atenção dada aos alunos, dizem professores.
O levantamento de escolas com salas superlotadas foi feito com base em dados do Ministério da Educação.
A Secretaria de Estado da Educação confirma o problema e informa que hoje 890 mil estudantes estão em salas com mais alunos que o indicado (22% do total).
Na semana passada, a reportagem encontrou turmas com mais de dez alunos acima do recomendado. É o caso do 1º ano do ensino médio da escola Maria Luiza de Andrade Martins Roque, no Jardim Eliana (zona sul).
Ali, Carla (nome fictício), 15, possui outros 51 colegas. "É um desastre. Fica aquele abafamento, muito barulho. Algumas vezes, os alunos precisam dividir carteiras" --a secretaria nega que falte mobiliário na sua rede.
Resposta
A Secretaria de Estado da Educação reconhece que ainda há muitas escolas com turmas acima do recomendado, mas afirma que a situação tem melhorado.
Segundo a pasta, nos últimos quatro anos, foram abertas 150 mil vagas, num investimento de R$ 383 milhões.
A gestão diz que busca reduzir o tamanho das turmas, mas esbarra na falta de terrenos para a construção de escolas

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