Alckmin cumpre apenas metade da meta de limpeza do Tietê


Segundo notícia publicada no site do governo do Estado, em março deste ano, o governador Geraldo Alckmin anunciou novas obras de desassoreamento do Rio Tietê e afirmou retirar do leito 2,7 milhões de m³ de sedimentos, dos quais 2,1 milhões de m³ ainda em 2011.
No entanto, pelo que foi constatado pelo Sigeo – Sistema de Acompanhamento da Execução do Orçamento, em 15 de novembro, provavelmente até o fim do ano o governo executará pouco mais da metade anunciado, ou seja, 1,1 milhão m³. 
A análise foi realizada com base no valor previsto no edital da licitação, por m³ e comparou os recursos financeiros destinados às empresas responsáveis pelos serviços. Os novos contratos para a Calha do Tietê alcançam aproximadamente 470 mil metros cúbicos de dejetos a serem retirados, que somados a mais 566 mil m³ retirados da Barragem da Penha até Guarulhos chegaria a pouco mais de 1 milhão de m³ a serem retirados do rio.
Ainda de acordo com os dados governamentais, as obras poderiam beneficiar diretamente o centro de Guarulhos e os bairros de Vila Augusta, Macedo, Gupouva, Tranquilidade, Picanço, Vila Rio, Bela Vista, Cocaia, Monte Camelo, Vila Barros, São Roque e Itapegica. Além de reduzir o risco de alagamento das marginaisNo verão passado seis pessoas morreram na capital, vítimas dos alagamentos, além dos inúmeros transtornos causados à população por conta das enchentes. 
Em junho deste ano o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos Edson Giriboni foi questionado pelos deputados José Zico Prado, que preside a Comissão de Infraestrutura da Assembleia e o líder da Bancada Enio Tatto, sobre a execução das obras de combate às enchentes. 
Na ocasião Enio apontou a suspeita de duplicidade de contratos para as obras de desassoreamento da Calha do Tietê, o que foi contestado por Giriboni que justificou o lento ritmo das obras, à fatores orçamentários e burocráticos, mas confirmou o calendário das obras. 
Serra paralisou por três anos a limpeza do Rio
Sob o comando do ex- governador José Serra o Rio houve por três anos a suspensão da limpeza da Calha do Rio Tietê em São Paulo, de 2006 a meados de 2008. O governo estadual admitiu que o desassoreamento do leito ficou parado no período, o que é apontado como uma possível causa dos alagamentos do rio. Provocado pelos deputados petistasSimão Pedro e Rui Falcão, o Ministério Público Estadual abriu em março deste ano um inquérito para averiguar as responsabilidades pela suspensão dos trabalhos de limpeza do rio.
11/11/2011
Governo do Estado deixa de limpar piscinões no Grande ABC
Governo do Estado admite que não limpará todos os piscinões da região do Grande ABC para o período das chuvas. Essa é mais uma promessa não cumprida do governador Geraldo Alckmin. 
Em março deste ano, o Estado anunciou que assumiria a limpeza dos 19 reservatórios da região, serviço que até então ficava a cargo das prefeituras. Mas, até agora, a menos de dois meses do início da temporada de chuvas, os piscinões estão tomados por mato e sujeira.
O acúmulo de lodo, mato e até de resíduos urbanos na área dos reservatórios reduz a capacidade de armazenamento de águas pluviais durante as chuvas. Vem daí a necessidade de os piscinões serem limpos nos meses de seca, para que não estejam comprometidos quando os temporais caírem.
Juntos, os 19 equipamentos da região podem reservar até 3,7 milhões de metros cúbicos, mas não atingem esse potencial.
O Daee indica que até 15% desse total está hoje perdido por problemas de assoreamento. É como se um piscinão inteiro de 500 mil metros cúbicos estivesse coberto pelos detritos.

Passados oito meses desde que o Estado anunciou que faria a limpeza dos piscinões, nem o contrato para a execução do serviço foi assinado.
Segundo o secretário adjunto de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado, Rogério Menezes, apenas os reservatórios apontados como mais críticos terão prioridade e serão limpos no início de dezembro.

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