Diju apura agressão de estudante contra professora em escola


 Jornal Cruzeiro do Sul

Adriane Mendes
      
adriane.mendes@jcruzeiro.com.br

A Delegacia da Infância e Juventude (Diju), apura agressão de um estudante contra uma professora da EE "Professor Antonio Cordeiro", do Parque das Laranjeiras, que teria provocado trinca num dos braços. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na manhã de ontem na unidade especializada, o aluno de 14 anos teria arremessado, na tarde de terça-feira, uma cadeira sobre a docente. Mas em nota oficial, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informa que o objeto arremessado teria sido uma capa de caderno, e que a servidora pública teria sofrido apenas uma contusão num dos dedos. A professora não foi encontrada pela reportagem.

Conforme consta no registro policial de "Ato Infracional", a agressão teria ocorrido numa das salas da 5ª série, às 13h40 de terça-feira, quando a professora Raquel Paula Oliveira, 32 anos, estava na porta da classe, de costas para os alunos. Ainda segundo seu relato na polícia, o objeto arremessado teria trincado um de seus braços. Entretanto, por ter deixado a sala rapidamente para receber atendimento, somente depois ela teria sido informada por terceiros que o que lhe atingiu teria sido uma cadeira, e que o autor da agressão seria um estudante de 14 anos, já identificado no boletim de ocorrência.


Controvérsias


O relato feito pela professora ontem pela manhã na Diju é diferente do que a Secretaria de Educação do Estado informou ontem à tarde, por meio de sua assessoria de imprensa. De acordo com a nota oficial, a acusação de agressão é classificada como "incidente", tendo em vista que a capa de caderno teria sido "arremessada pelo estudante contra o ventilador". O aluno que atirou o objeto não possui histórico de transferência compulsória e está sendo acompanhado pelo professor-mediador da unidade, com quem faz um trabalho diferenciado de aprendizagem.

Porém, como o evento teria envolvido dois estudantes, a diretoria da escola comunicou seus pais e os suspendeu por três dias. A Secretaria informou ainda que Raquel teve "apenas uma contusão de dedo, sem lesão de unha, e que ela ficará afastada de suas atividades por três dias. A reportagem esteve na residência da professora ontem à tarde, mas não a encontrou. Tentativas por telefone também foram em vão.


Combate à violência


Com o objetivo de combater a violência no âmbito escolar, a Secretaria implantou, em 2009, o Sistema de Proteção Escolar, cujo programa consiste num conjunto de ações, métodos e ferramentas que visam disseminar e articular práticas voltadas à prevenção de conflitos no ambiente escolar, à integração entre a escola e a rede social de garantia dos direitos da criança e do adolescente e à proteção da comunidade escolar e do patrimônio público.

Dentro desse sistema foram produzidos manuais de conduta, distribuídos para todas as escolas da rede. Entre os materiais, está o Manual de Proteção Escolar e Promoção da Cidadania, que orienta como os gestores escolares devem lidar com as manifestações de conflitos no ambiente escolar.

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