Artur Rodrigues

do Agora

Aulas vagas diárias, três meses sem professor de matemática e até docentes que dormem em sala ou dão cascudos nos alunos. É grande a lista de problemas apontados por estudantes da Escola Estadual Messias Freire, no Campo Limpo (zona sul).

Na 7ª série C, o aluno Lincon, 16 anos, diz que não vê o professor de matemática desde agosto. "Na segunda-feira, houve tantas aulas vagas que entramos às 13h e saímos às 14h30", diz.

Na manhã de ontem, a reportagem encontrou na rua vários alunos que deveriam estar em aula.

O motivo: faltas dos professores da unidade, com cerca de 2 mil estudantes, segundo funcionários. "Aula vaga é quase todo dia. No ano passado, o professor de matemática nem veio", diz a dona de casa Marli da Silva Costa, mãe do estudante Luiz Fernando, 13.

Resposta

A Secretaria de Estado da Educação diz que professores substitutos cobrem eventuais faltas. A pasta afirma que irá apurar relatos de queixas sobre professores.

A administração informa ainda que está prevista uma reforma para o prédio. O governo afirma também que o cardápio da unidade é variado.

Sobre o Saresp, a pasta diz que o primeiro ciclo teve bom desempenho e que realiza reforço pedagógico em português e matemática.