'Me dei mal', diz homem que invadiu área dos macacos no Quinzinho


Giuliano Bonamimgiuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br 


João Leite dos Santos é mecânico em Araçoiaba da Serra, mas tem o espírito de Indiana Jones. A sua interatividade com animais silvestres ficou conhecida nacionalmente depois de ter invadido o recinto dos macacos-aranha de testa branca, domingo, no Parque Zoológico Quinzinho de Barros, em Sorocaba. Mas o seu histórico com os bichos não para por aí e inclui a imobilização de um jacaré e de um quati com a força dos braços, além de ter laçado um tamanduá em pleno ataque a um cachorro.

Santos jura ser tudo verdade. Aos 64 anos, o mecânico conta as histórias com a mesma naturalidade com que narra a sua invasão à ilha dos primatas no zoológico de Sorocaba. As lembranças são poucas. "Eu estava muito bêbado", conta, seguido de uma gargalhada. O morador de Araçoiaba da Serra cai mesmo na real ao olhar o braço direito, todo machucado com o ataque de um dos sete macacos da ilha. "Os dentes dele eram enormes, tanto que a mordida foi tão profunda que pegou no osso", diz.

O mecânico até agora não sabe o motivo de sua entrada na moradia dos primatas. A causa, segundo ele, foi uma água ardente consumida dentro do próprio zoológico. "Eu levei uma garrafa fechada até lá e tomei metade antes de entrar na água", comenta. Santos pensou que os macacos fossem mansos e, por esse motivo, se aproximou do recinto. "Me dei mal", completa.

O membro atingido do mecânico está visivelmente inchado. Ele não sabe quantos pontos foram necessários para estancar os ferimentos. "Uma mordida do macaco arrancou um pedaço do meu braço e até agora não consigo mexer o dedo médio", relata. O anular também foi alvo do primata. "Ainda bem que ele [macaco] não mordeu o meu pescoço, senão eu estava frito", diz. 

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