Tropas de Assad atacam cidades da oposição no centro da Síria


Bombardeios intensos atingem Hama; opositores afirmam que oleoduto foi danificado em Homs


Efe
CAIRO - As forças da Síria bombardeiam nesta quarta-feira, 15, a cidade de Hama, no centro do país, enquanto os ataques do Exército do presidente Bashar Assad em Homs atingiram um oleoduto, segundo diferentes fontes da oposição.

Coluna de fumaça se ergue em Homs, onde oleoduto foi atingido - Reuters
Reuters
Coluna de fumaça se ergue em Homs, onde oleoduto foi atingido
Os Comitês de Coordenação Local informaram que Hama está completamente cercada e isolada, com todas os sistemas de comunicações cortados. Conforme informações da oposição, o regime tomou ao menos três bairros e outros três estão sendo constantemente bombardeados.
A Comissão Geral da Revolução Síria apontou que os ataques do Exército em Homs, também no centro do país, atingiram o oleoduto que passa pelo bairro de Baba Amr, o mais castigado da cidade, e que colunas de fumaça podem ser vistas. Os bombardeios ainda continuam na zona de Karam al-Zeitoun, em Homs.
De acordo com a agência oficial de notícias síria Sana, "um grupo terrorista" sabotou a tubulação entre Bab Amr e Sultaniya, em Homs, por volta das 3 horas (23 horas de Brasília). O oleoduto abastece Damasco e algumas áreas do sul do país.A agência destacou que em Barze, nos arredores de Damasco, as tropas do governo fecharam os acessos para lançar uma ampla operação.
As informações não puderam ser confirmadas de forma independente por causa das restrições impostas pelo regime sírio ao trabalho dos jornalistas.
ONU
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votará na quinta-feira um projeto de resolução preparado por Arábia Saudita e Catar que condena a repressão exercida pelo governo da Síria e que respalda os planos de transição da Liga Árabe.
O texto, que condena as violações "sistemáticas" de direitos humanos na Síria e exige do governo de Assad que pare "de forma imediata" os ataques contra a população civil, será votado no plenário da Assembleia às 18 horas (segundo o horário de Brasília) de quinta-feira.
A votação na Assembleia Geral, onde não existe o poder de veto, mas cujas resoluções são mais simbólicas por se tratar de um órgão consultivo, acontece depois de Rússia e China terem vetado no Conselho de Segurança uma resolução de condenação contra o regime sírio em 4 de fevereiro.
Desde o início dos protestos, mais de 5,4 mil pessoas morreram pelos dados da ONU divulgados em janeiro, embora a oposição síria fale em mais de 6 mil vítimas civis. A oposição síria estima que os civis mortos superem os 6 mil e inclusive há países, como a Arábia Saudita, que falam em mais de 7 mil vítimas.

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