Adolescente de 13 anos morre engasgado com bala


Mãe de Diego de Oliveira Santos no velório do filho 

Rafael Italiani, Tatiana Santiago e Hanuska Bertoia

do Agora
Campinas - Um adolescente de 13 anos morreu asfixiado após engasgar com uma bala na sala de aula da Escola Estadual Dr. Paul Eugene Charbonneau, em Campinas (93 km de SP), na manhã de anteontem.
A família de Diego de Oliveira Santos reclama da demora do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
O tio dele acabou levando-o a um posto de saúde cerca de 20 minutos de ele começar a ter falta de ar.
Segundo a polícia, Diego chegou por volta das 7h30 à escola. Um amigo lhe deu uma bala, da marca Freegells extra forte, e eles foram para a aula de português.
Dez minutos depois, o adolescente começou a passar mal. Com falta de ar e com a língua presa, ele caiu da cadeira.
Neste momento, a professora avisou à direção do colégio, que chamou o Samu.
De acordo com uma estudante de 14 anos, o amigo que havia dado a bala a Diego tentou agarrá-lo por trás, para que ele desengasgasse.
"A professora pediu para deixar ele deitado e não mexer nele", disse aluna. Segundo ela, as orientações haviam sido dadas à professora pelos atendentes do Samu.
Resposta 1
José Roberto Hansen, coordenador do Samu de Campinas, afirma que não houve demora no atendimento do estudante Diego de Oliveira Santos.
Segundo ele, o chamado ao Samu foi feito às 7h33 e descrevia uma "convulsão". Uma ambulância foi enviada à escola.
Às 7h50, o serviço foi avisado de que o menino já estava no posto. Por isso, a ambulância foi cancelada. Motos de atendimento foram enviadas e chegaram em seis minutos.
Hansen disse estranhar o relato de que a orientação do Samu era a de que ninguém poderia tocar no adolescente.
Ele disse que a recomendação do serviço é colocar o paciente deitado de lado e "segurar a cabeça".
Resposta 2
Procurada, a empresa Riclan, responsável pelas balas da marca Freegells, não se manifestou sobre o caso.
Já a Secretaria de Estado da Educação afirmou que a direção acionou imediatamente o Samu, e seguiu as orientações do serviço médico.
Segundo a pasta, um funcionário acompanhou o tio de Diego ao posto.

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