Ex-presidente Lula é internado em SP com infecção pulmonar leve


Segundo boletim do hospital, ex-presidente apresenta febre baixa e ficará em observação; não há previsão de alta


Isadora Peron, de O Estado de S. Paulo


Ex-presidente está sendo tratado com antibióticos administrados por via endovenosa - Ricardo Stuckert/Divulgação
Ricardo Stuckert/Divulgação
Ex-presidente está sendo tratado com antibióticos administrados por via endovenosa
SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi internado neste domingo, 3, no Hospital Sírio-Libanês com início de pneumonia. Lula deu entrada no hospital após ter febre baixa. O ex-presidente está sendo tratado com antibióticos administrados por via endovenosa. O infectologista David Uip fez questão de deixar claro aos jornalistas que não há nenhum processo infeccioso na região da laringe, onde foi diagnosticado um câncer em outubro de 2011. "Ele foi internado mais por precaução, por vir de um diagnóstico de tumor e por ter passado por quimioterapia e radioterapia".
Segundo Uip, o ex-presidente não tem previsão de alta, mas não há motivos para maiores preocupações. "O que importa é que nos primeiros sinais de que algo não ia bem, Lula veio ao hospital, exames foram feitos e chegou-se a um diagnóstico inicial", ressaltou.
Os resultados desses exames devem ser divulgados nesta segunda-feira. No último dia 17, o ex-presidente encerrou o tratamento radioterápico contra o câncer.
Lula chegou ao hospital acompanhado de sua mulher, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, no início da tarde. Ela deixou o Sírio-Libanês e retornou por volta das 18h com roupas do ex-presidente, com quem passaria a noite. Lula não recebeu nenhuma visita.
Desde o início de seu tratamento, o ex-presidente já emagreceu cerca de 12 quilos. Pelo fato de ter dificuldades para se alimentar, submete-se a uma dieta baseada em comidas pastosas.
O ex-presidente deve permanecer internado no Hospital Sírio-Libanês pelos próximos dias, de acordo com boletim assinado pelos médicos Antonio Carlos Onofre de Lira, diretor técnico hospitalar, e Paulo Cesar Ayroza Galvão, diretor clínico. A equipe que assiste Lula desde o ano passado é coordenada pelos médicos Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz e David Uip.
 
A internação deste domingo foi a segunda do ex-presidente em menos de 30 dias. Em 12 de fevereiro, Lula reclamou de perda de apetite e cansaço e, por precaução, procurou ajuda médica. A junta que o atende optou por interná-lo. 
Na ocasião, uma inflamação de mucosa de laringe e esôfago, decorrentes do tratamento radioterápico, foi identificada. Em contrapartida, um dia antes, exames revelaram que o tumor na região da laringe desaparecera totalmente. 
 
Lula havia dito a petistas que pretendia retornar às atividades políticas no dia 15, mas a internação deve postergar seus planos. 
 
Na quinta-feira passada, ele recebeu durante cerca de três horas a presidente Dilma Rousseff em sua residência, em São Bernardo do Campo. A viagem não constava na agenda da presidente, que também não apontava compromissos para a tarde daquele dia.

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