Hospital manda pacientes embora por falta de médicos


Diana Dantas e Jorge Soufen Junior

do Agora
O Pronto-Socorro Municipal 21 de Junho, na Freguesia Ó (zona norte de SP), suspendeu parte do atendimento ontem por falta de médicos.
A unidade, administrada pela Organização Social da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, só estava atendendo casos de cirurgia e de odontologia.
Pacientes que procuraram por especialidades básicas, como clínica, pediatria e ortopedia, tiveram de dar meia-volta na tarde de ontem.
É o caso do vendedor Rodrigo Ribas, 31 anos, que, com o punho dolorido, foi ao pronto-socorro à procura de um ortopedista.
Ele conta que, na noite de anteontem, já tinha ido ao local para tentar atendimento para a filha, de dois anos. "A fila estava tão grande que fomos embora."
Ribas desistiu de procurar a consulta para ele e para a filha. "Amanhã [hoje], a minha mulher vai tentar levá-la a um posto de saúde perto de casa e eu vou tentar outro hospital", diz o vendedor.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde informou que vai apurar os problemas no Pronto-Socorro 21 de Junho e que punirá responsáveis se for constatada alguma falha.
Representantes da OS da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que administra a unidade, não foram localizados.
A Secretaria de Estado da Saúde disse que o hospital de Taipas contava, na tarde de ontem, com dois clínicos e dois pediatras, mas que "eles foram momentaneamente deslocados para atender a emergências".
Sobre a unidade de Vila Penteado, a pasta disse que a escala de ontem previa dois pediatras, mas que um faltou.

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