Mulher pede para ser presa após ameaçar filha em Mairinque, SP


A suspeita foi indiciada com base na lei Maria da Penha.

Ela ameaçou a filha de 12 anos de morte diante do delegado.

Adriane SouzaDo G1 Sorocaba e Jundiaí
A Polícia Civil de Mairinque, interior de São Paulo, prendeu em flagrante uma mulher na tarde desta quarta-feira (29), com base na lei Maria da Penha, por ameaçar a filha de 12 anos de morte, diante de policiais e de uma conselheira tutelar.
Conforme informou a Polícia Militar, que foi acionada por uma conselheira tutelar, mãe e filha chegaram à sede do Conselho Tutelar do município na manhã desta quarta. Assim que a conselheira chegou, a mulher começou a agredi-la verbalmente, inclusive com ameaças de morte.
Todos foram levados até a delegacia da cidade. Segundo o delegado titular Marcelo Sampaio Pontes, a suspeita estava extremamente alterada. “Ela não parava de gritar e começou a ameaçar contra a vida da criança”, esclarece. A mulher e o marido vivem numa casa simples na periferia de Mairinque, com seis filhos.
“A mãe não parava de gritar que não sentia nenhum amor pelos filhos e que, se dependesse dela, ela mataria a menina de 12 anos, sem nenhuma razão aparente”, conta o delegado que se baseou na lei Maria da Penha para preservar a vida da criança. “Ela gritou ‘quero ir pra cadeia’ tantas vezes que acabei indiciando-a por ameaça”, disse.
A suspeita foi encaminhada à Cadeia Pública Feminina de Votorantim, também no interior do Estado. Embora o crime tenha sido afiançável, a mulher não honrou os quatro salários mínimos estipulados e segue presa.
Mudanças na lei
O delegado Marcelo Sampaio Pontes informou ao Fórum Municipal sobre a prisão da mulher e tem um prazo de 24 horas para enviar o relatório do inquérito ao Ministério público.
Com a alteração na lei Maria da Penha - que, além de proteger a mulher, também preza pelas relações familiares – todo ato registrado em flagrante desta lei gera detenção imediata.
Como o Conselho Tutelar presa pela manutenção do vínculo familiar, a menina de 12 anos foi entregue aos cuidados do pai e voltou para casa com os irmãos, mas o conselho continuará acompanhando o caso.
 

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