Suspeito de matar o irmão em Mairinque, SP, alega legítima defesa


Homem é apontado como assassino do irmão.

Em depoimento, ele disse que pegou um tijolo para se defender.

Adriane SouzaDo G1 Sorocaba e Jundiaí
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Segundo a Polícia Civil de Mairinque, interior de São Paulo, um homem de 30 anos confessou ter matado o próprio irmão, Márcio Guelder Martins, de 29 anos, na madrugada desta segunda-feira (5) no bairro Sebandinha, zona rural da cidade. Foi o próprio suspeito que acionou a Polícia Militar, dizendo ter encontrado o irmão morto ao chegar em casa.

Na delegacia do município, o suspeito deu o primeiro indício de que não teria dito a verdade aos PMs. “No meio do depoimento, ele comentou que o irmão teria sido acertado com um bloco de construção, informação que só nós e a perícia tínhamos”, esclarece um dos policiais, que informou também ter encontrado o bloco distante da casa onde os irmãos residiam.
Os policiais militares chegaram na rua Suzana de Campos e encontraram o homem num bar próximo da residência. Foi ele que levou os policiais ao local do crime.
Pressionado, o suspeito confessou o crime em depoimento. “Sem demonstrar nenhum arrependimento, ele simplesmente disse que matou o irmão com tijoladas para se defender, pois cansou de ser agredido por ele”, relata Alexandre Cassola, delegado assistente da delegacia de Mairinque.
Conduzido por policiais, o suspeito foi levado novamente até a residência, onde mostrou as roupas que estava usando no momento do crime. As vestes estavam todas ensanguentadas e deverão passar por perícia. O suspeito disse aos policiais que ambos estavam bêbados e começaram a discutir.
“Essa não foi a primeira vez que apanhei dele, ele bebe e fica violento, mas desta vez eu peguei o tijolo para me defender. Não foi assassinato, foi legítima defesa”, afirmou o suspeito no depoimento ao delegado. O homem foi indiciado por homicídio qualificado.
Se condenado, o indiciado poderá pegar uma pena que varia de 12 a 30 anos de prisão. Ele foi levado à Cadeia Pública de São Roque, também no interior do Estado, onde permanecerá à disposição da Justiça.

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