37,7% da população sorocabana não concluiu o ensino fundamental


No município, 170.965 pessoas estavam matriculadas em alguma etapa escolar em 2010 - Por: ARQUIVO JCS/BRUNO CECIM


Regina Helena Santos 
regina.santos@jcruzeiro.com.br 

Um total de 192.935 pessoas residentes em Sorocaba declaram não possuir qualquer tipo de formação escolar ou não terem finalizado os nove anos do ensino fundamental. Os números -- que representam 37,7% dos moradores da cidade com idade acima de dez anos (511.551 pessoas) -- foram levantados pelo Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados na última sexta-feira. Apesar de envolver uma parcela significativa da população, o índice ainda é mais baixo que a média nacional, já que 50,2% dos brasileiros declararam, durante a pesquisa, não ter terminado a primeira etapa da educação básica. Representando 6% do total, 35.535 entrevistados em Sorocaba admitiram nunca ter frequentando a escola. São 66.011 os habitantes com nível superior completo (12,9%). 

O grupo de habitantes com ensino médio completo e superior incompleto é o segundo com mais pessoas, um total de 156.956, seguindo pelo de sorocabanos com ensino fundamental completo e médio incompleto (92.281). Um total de 3.367 entrevistados não determinaram seu nível de escolaridade. 

No município, 170.965 pessoas afirmaram, em 2010, estarem matriculadas em alguma etapa escolar - entre creches e escolas. Destas, 128.559 estavam na rede pública e 42.407 na rede privada. O maior número de alunos era registrado no ensino fundamental (78.964), seguindo pelo ensino médio (33.427), superior (23.996) e pré-escola (15.718). Somente 4.100 moradores de Sorocaba cursavam pós-graduação. Havia 7.858 crianças nas creches e 1.603 adultos nos cursos especiais de alfabetização para esta faixa etária. 

Rendimentos 

Os reflexos dos índices de escolaridade se refletem no desempenho no mercado de trabalho da população sorocabana. Um total de 43.510 pessoas disseram ao IBGE, em 2010, ter como rendimento mensal um valor de até um salário mínimo e 4.853 admitiram não ter rendimento algum o que, segundo o órgão, sinaliza aqueles que sobrevivem apenas com benefícios do governo e/ou qualquer outro tipo de auxílio. Somada, essa parcela da população -- 48.363 pessoas -- corresponde a 17,7% do total de habitantes que declaram ter salários mensais oriundos de trabalho remunerado (279.162). A parcela dos que ganham mais de 20 salários mínimos é baixa: 2.730 habitantes -- menos de 1% do total, a exemplo da média nacional. 

Em todo o País, o IBGE registrou um aumento do rendimento médio do trabalhador, que passou de R$ 1.275 no ano 2000 para R$ 1.345 em 2010 -- aumento que representa um ganho real de 5,5%. Porém, as mulheres ainda ganham menos, apesar de seus salários hoje representarem 73,8% dos rendimentos dos homens -- em 2000 esse índice era de 67,7%. Enquanto o salário médio real dos trabalhadores do sexo masculino gira em torno de R$ 1.510, as trabalhadoras recebem cerca de R$ 1.115.

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