Demora para marcar consulta com dentista chega a 6 meses


Mariana Poli

do Agora
Espera de até seis meses para marcar consulta, falta de padronização para agendar triagens e desinformação de funcionários são alguns dos problemas enfrentados por quem procura tratamento odontológico nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
Vigilante Agora visitou 15 unidades, nas cinco regiões da capital.
Para conseguir uma consulta, o tempo médio de espera é de dois meses.
Mas pacientes e funcionários dizem que, dependendo da complexidade do tratamento, a demora chega a seis meses --como para colocar prótese.
Em Itaquera (zona leste), uma dentista chegou a sugerir que a reportagem procurasse uma clínica odontológica particular na região.
"Lá eles aceitam pagamento parcelado", disse.
Um dos principais problemas é a falta de padronização no método de agendamento dos atendimentos.
Todas as UBSs visitadas tinham sistemas diferentes para marcar triagens ou consultas.
A ausência de um processo uniforme já havia sido relatada, um ano atrás, pelo Vigilante Agora.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde informou que todas as unidades que "estiverem descumprindo as diretrizes da política municipal de saúde bucal serão reorientadas".
Segundo a pasta, as unidades de saúde precisam realizar grupos de triagem a cada 30 ou 40 dias.
A secretaria também disse que a UBS Jd. Conquista 3 não limita as vagas.
Sobre a unidade, a pasta disse que os tratamentos "não são limitados a uma pessoa por família e que todas as pessoas que precisam de tratamento são avaliadas, diagnosticadas e tratadas".
A UBS Cidade Tiradentes 1 (zona leste), segundo a secretaria, possui quatro cirurgiões-dentistas e realiza triagens quatro dias por semana.
Sobre a UBS Santo Amaro (zona sul), cuja reportagem apurou suspensão do atendimento de emergência, a secretaria afirmou que há três cirurgiões-dentistas realizando atendimentos primários e que há atendimento de emergência.
Segundo a pasta, a UBS Cambuci (centro) marcou triagem para 2 de maio, e a UBS Nossa Senhora do Brasil já solicitou conserto do equipamento.
A situação, afirma a secretaria, "deve ser normalizada neste mês".

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