Dona de empresa que frustrou formandos em SP nega ter dado golpe



Folha de São Paulo

A empresária Liliane Venâncio da Silva, 33, responsável pela empresa de formaturas que frustrou adolescentes de 17 escolas da zona leste de São Paulo, disse que levou calote de fornecedores.

O baile estava previsto para ocorrer no dia 14, mas não ocorreu. Os estudantes só descobriram que não haveria festa na porta do local combinado. Revoltados, eles foram à delegacia ainda com as roupas de festa.
Helio Torchi-14.abr.12/Folhapress
Jovens formandos vão a delegacia registrar boletim de ocorrência após ficarem sem festa em Guarulhos, em SP
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Em entrevista exibida neste domingo no "Fantástico", da TV Globo, a empresária da Lilitty Eventos diz que nunca quis prejudicar ninguém e que se escondeu por medo.
A mulher disse que o baile não foi realizado porque a empresa de buffet que serviria comida e bebida no evento a informou, poucas horas antes da festa, que não iria mandar ninguém.
Ela afirma que foi comunicada por meio de uma mensagem de celular, e que não havia tempo hábil para encontrar outro fornecedor. Silva não quis revelar o nome do buffet pois disse que, por não ter assinado contrato, não tem provas contra ele. Ela diz que pagou pelo serviço.
"A empresa pretende fazer o evento dos alunos, até mesmo mais glamouroso do que oferecido", disse a empresária. Sobre os gastos com cabelo, maquiagem e roupa, ela disse que vai procurar empresas para fazer uma parceria e oferecer tudo aos alunos.
POLÍCIA
Até a quarta-feira (18), mais de 70 familiares das vítimas já haviam prestado depoimento na delegacia.
A polícia civil procurou Silva em quatro endereços diferentes, mas não a localizou. Os vizinhos informaram aos policiais que a dona do evento não aparecia na própria casa desde o dia seguinte da festa.
De acordo com o delegado do 63º DP (Vila Jacuí), Marcel Druziani, um representante comercial recebeu uma ligação de Liliane, que afirmou que iria se apresentar à polícia junto com seu advogado.
Nos próximos dias o delegado pretende ouvir os diretores das 17 escolas e as comissões de formatura vítimas do golpe. Também será intimado para prestar esclarecimentos o dono do espaço onde o baile seria realizado, em Guarulhos. Druziani quer saber a Lilitty Eventos tinha algum contrato para a realização do evento no espaço informado aos formandos.
A polícia abriu inquérito para investigar o caso e tem dois meses dias para concluí-lo. Se confirmada a responsabilidade da empresa pelo calote, a empresária poderá responder por estelionato, segundo o delegado.

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