GIO MENDES
Uma representante comercial de 36 anos foi mantida refém no estacionamento do Shopping Aricanduva, na zona leste de São Paulo, na noite desta terça-feira. Um ladrão ficou com ela dentro do carro, enquanto outros dois foram fazer compras em uma loja de calçados no shopping.
A dupla gastou R$ 1,2 mil no cartão da vítima, mas deixou o local de mãos vazias, alegando que foi “roubada” dentro do shopping. A Polícia Civil ainda não localizou os assaltantes nem a pessoa que os deixou fugir depois de tomar as compras deles.
Segundo a vítima, os assaltantes saíram do shopping assustados, dizendo para o comparsa que um homem havia pegado as mercadorias e até um relógio que eles haviam roubado dela, que estava no bolso de um dos bandidos. “Sujou, sujou. Um civil deu carteirada na gente e descobriu tudo”, disse o ladrão, segundo relato da representante comercial.
Ela teve seu CrossFox fechado por um Corsa Sedan prata no cruzamento das ruas Professor Pedreira de Freitas e Antônio de Barros, no Tatuapé, zona leste, por volta das 20h30. “Um ladrão apontou a arma para mim e pediu para eu ficar calma, pois só queriam dinheiro”, contou a vítima. Os criminosos seguiram para a Avenida Conselheiro Carrão, na Vila Carrão, zona leste, onde sacaram R$ 550 em um caixa eletrônico.
Os criminosos tiraram um extrato e viram que a representante tinha mais dinheiro na conta. Foi quando decidiram fazer compras no Shopping Aricanduva. A refém ficou no banco da frente, enquanto o assaltante que a vigiava apontava uma arma para as costas dela. “Ele pediu para que ficasse comportada, para não chamar a atenção de nenhum segurança no estacionamento.”
Depois de fugir do shopping, os bandidos soltaram a refém na Avenida Líder, em Itaquera. Ela permaneceu duas horas em poder dos criminosos. O trio levou o carro dela, o dinheiro sacado e dois celulares, entre outros objetos. O veículo da representante comercial foi encontrado pela polícia na tarde desta quarta-feira na Cohab José Bonifácio, em Itaquera.
O delegado Arthur Frederico Moreira, titular do 66º DP (Vale do Aricanduva) disse que solicitou as imagens do circuito de segurança do shopping para identificar os ladrões e quem tomou os bens que eles portavam. “Vamos averiguar o que aconteceu dentro do shopping, pois essa história é muito estranha. Queremos saber quem eram os seguranças que trabalhavam no shopping naquele horário. Vou pedir a relação de todos os seguranças”, disse o delegado.
Em nota, o Shopping Aricanduva informou que “lamenta o ocorrido e afirma que a presença do estabelecimento no cenário foi totalmente circunstancial”. Nenhum representante da loja de calçados Art Walk quis comentar o assunto. A vítima disse que ainda irá procurar o shopping e a Art Walk para pedir explicações. Da loja, quer saber como um homem fez compras com o cartão de uma mulher. Do shopping, espera ter acesso às imagens de câmeras para identificar os ladrões e o homem que poderia tê-la ajudado. “Não sei se podia ser um policial civil ou um segurança”, disse
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