Mais prazo para prefeitura explicar 'fura-fila'


Prefeitura pede 20 dias para dizer se vereadores tinham atendimento mais rápido nas unidades de saúde


PEDRO GUERRA/AGÊNCIA BOM DIA
pedro.guerra@bomdiasorocaba.com.br

A Prefeitura de Sorocaba pediu mais prazo ao MP (Ministério Público) para explicar sobre o suposto esquema fura-filas nas consultas médicas na rede municipal feita por vereadores. A data limite era 30 de março, mas o Poder Público solicitou outros 20 dias para enviar a documentação.

A denúncia sobre o suposto esquema foi apresentada pela TV TEM em 9 de março. Na ocasião, a  emissora  mostrou vereadores usando de  influência para beneficiar pacientes na área de especialidades da rede pública de saúde.

Depois disso, o promotor Orlando Bastos Filho encaminhou ofício ao prefeito Vitor Lippi (PSDB )e ao secretário de Saúde, Ademir Watanabe, pedindo para que eles enviassem cópias de ofícios mandados pelos parlamentares  solicitando a antecipação dos atendimentos. Ele quer saber quais vereadores foram atendidos pela prefeitura. 

Bastos Filho quer, inclusive, uma lista dos parlamentares que não foram citados na reportagem da TV TEM para saber se a prática é feita por todos na Câmara.

Watanabe terá de justificar a interferência dos vereadores na antecipação dos atendimentos  na Secretaria da Saúde.

Enviaram
O BOM DIA apurou que os vereadores que foram denunciados por meio da reportagem da TV TEM já enviaram  justificativas. Cláudio do Sorocaba 1 (PR), Francisco Moko Yabiku (PSDB), Emílio Souza de Oliveira (PSC), o Ruby, Luís Santos (PMN) e José Francisco Martinez (PSDB) apresentaram defesa ao MP.

O promotor, no entanto, não quis adiantar qual foi a justificativa dada pelos parlamentares. “Eu ainda estou analisando toda a documentação.” 

O BOM DIA, por sua vez,  apurou ainda que nenhum dos envolvidos indicou outros colegas pela mesma prática. Mas Anselmo Neto (PP) e Francisco França (PT) admitiram que usam do mesmo artifício.  

Atendimentos
O MP quer também saber o número de pacientes que foram atendidos pela Secretaria da Saúde sem a ajuda dos vereadores.

Assim, terá de ser enviada uma lista de atendimentos  feitos desde janeiro de 2011, com numeração fazendo referência ao número na lista de espera, além de explicar  como é feita essa lista de espera.

MP apura possível  tráfico de influência
O promotor Orlando Bastos Filho viu na prática dos vereadores indícios de improbidade administrativa e de tráfico de influência. Caso seja encontrada alguma irregularidade o Ministério Público vai entrar com ação na Justiça. 

162 é o número de pedidos feitos, segundo a Secretaria  da Saúde, para que houvesse um atendimento mais rápido.

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