Metrô investe menos em 2011




CAIO DO VALLE
No ano passado, entraram no Metrô de São Paulo 812 milhões de passageiros, quantidade 7,7% maior do que em 2010, quando foram registradas 754 milhões de entradas. Os números levam em conta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás. A Linha 4-Amarela é administrada pela ViaQuatro.
Apesar do aumento da demanda, os investimentos no Metrô caíram 31,8% de um ano para o outro. Em 2011, os recursos para expansão, recapacitação, modernização, operação e acessibilidade somaram R$ 1,1 bilhão, ante R$ 1,7 bilhão no ano anterior.
Das quatro linhas operadas pelo próprio Metrô, apenas a 1-Azul teve mais investimentos em 2011 do que em 2010. No período, os aportes para a linha passaram de R$ 181,2 milhões para R$ 199,7 milhões. A Linha 2-Verde, a que mais teve panes ano passado, teve os recursos diminuíram de R$ 70,9 milhões para R$ 65,9 milhões.
A Linha 3-Vermelha, que historicamente mais enfrenta a superlotação, ganhou R$ 188 milhões, ante R$ 236 milhões no ano retrasado. Já a Linha 5-Lilás, entre Capão Redondo e Largo Treze, na zona sul, obteve R$ 2,6 milhões no ano passado e 4,2 milhões em 2010.
Esses investimentos estão na rubrica “recapacitação e modernização” da rede. Os dados foram divulgados ontem no relatório da administração do Metrô.
De acordo com esse documento, a Prefeitura de São Paulo repassou ao Metrô no ano passado R$ 121,3 milhões, 37,8% menos do que em 2010, quando a gestão Gilberto Kassab (PSD) destinou R$ 195 milhões ao sistema. Repassar R$ 2 bilhões para o Metrô é uma promessa do prefeito. O governo do Estado, por sua vez, enviou ao Metrô R$ 1,3 bilhão em 2011. Há dois anos, havia destinado R$ 1,7 bilhão. A redução foi de 21,9%.
Os investimentos em expansão da rede também caíram. Eles diminuíram 39%, de R$ 1 bilhão em 2010 para R$ 650 milhões no ano passado. Mas o prolongamento da Linha 2-Verde em forma de monotrilho na zona leste recebeu R$ 300 milhões em 2011. Em 2010, tinha levado R$ 218 milhões.
Já a construção da Linha 4-Amarela ganhou R$ 91 milhões em 2011, ante R$ 403,8 milhões no ano retrasado. No mesmo período, os aportes para a expansão da Linha 5-Lilás caíram de R$ 211,5 milhões para R$ 193,7 milhões.
Por sua vez, a concepção da Linha 6-Laranja, entre a Brasilândia, na zona norte, e São Joaquim, na zona sul, ganhou R$ 16,6 milhões no ano passado. Em 2010, nada houve repasse para ela.
A Linha 15-Branca, de Vila Prudente à região da Rodovia Dutra, na zona leste, também registrou um incremento – de R$ 500 mil em 2010 para R$ 2,3 milhões no ano passado. No caso do monotrilho da Linha 17-Ouro, cujas obras começaram há pouco, os aportes cresceram significativamente: de R$ 200 mil para R$ 46,7 milhões.
O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, creditou o menor investimento em expansão a “fatores exógenos”, que paralisaram três obras. “Não foram de responsabilidade do governo.” Segundo ele, como as três obras já foram iniciadas, os investimentos na expansão aumentarão em 2012

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