Pré-candidato Pannunzio não teme lei da Ficha Limpa

Pannunzio foi entrevistado no Jornal da Cruzeiro Por: Arquivo JCS/Erick Pinheiro


jornal Cruzeiro do Sul
Fernando Guimarães
fernando.guimaraes@jcruzeiro.com.br

Marcelo Andrade
marcelo.andrade@jcruzeiro.com.br

O pré-candidato à Prefeitura de Sorocaba pelo PSDB, o ex-prefeito e ex-deputado Antônio Carlos Pannunzio, foi o último dos pré-candidatos a ser entrevistado nesta semana no Jornal da Cruzeiro, da rádio Cruzeiro FM (92,3 MHz). Entre vários assuntos, Pannunzio afirmou que não teme a Lei da Ficha Limpa e ainda destacou que ele foi um dos parlamentares, no Congresso, que queriam que a lei fosse mais severa, sendo, inclusive, autor de uma emenda não aprovada que impediria recursos com efeitos suspensivos. Além disso, o ex-deputado e atual presidente do Memorial da América Latina defendeu a continuidade no modo de governo, ou seja, dar sequência aos programas e ações empreendidas pelo prefeito Vitor Lippi; comentou sobre hospital municipal, transporte e habitação. As entrevistas ao longo desta semana possibilitaram aos políticos falar sobre ações de governo, debater coligações e avaliar a atual gestão municipal.

Pannunzio foi questionado sobre a Lei da Ficha Limpa por figurar em processos judiciais. Um deles tem a ver com a questão de subsídios do prefeito. Em 1990, Pannunzio estava no segundo ano do seu mandato e teve o subsídio aumentado pela Câmara de Vereadores por um decreto-legislativo. No entanto, já estava em vigência a nova Constituição, na qual é especificado que uma legislatura só pode fixar subsídios para a próxima legislatura e não à atual. Dois anos depois, o Tribunal de Contas entendeu que a Câmara não deveria ter procedido daquela forma, determinando que ele, assim como o presidente da Câmara, devolvessem o dinheiro. 

"Entrei com ação declaratória e depositei o dinheiro na Prefeitura. Eu fui atrás da Justiça", declarou Pannunzio. Condenado a devolver o dinheiro, Pannunzio fez um acerto com a Prefeitura para pagar a correção monetária, já que o valor principal, naquela ocasião, ele já havia depositado. Parcelou em 36 meses. Mas, segundo ele, por algum contratempo, a Prefeitura quis modificar o valor de juros pagos por ele, que entrou na Justiça com um mandado de segurança por entender que isso não estava certo. "Então, estamos esperando agora a decisão judicial e quero deixar claro que eu é que processei, não estou sendo processado."

No outro caso, houve duas ações populares questionando as despesas de publicidade feitas pela Prefeitura em 1991 e outra em 1992, que envolve a questão da publicidade na televisão. "A comunicação da Prefeitura entendeu que era necessário fazer uma campanha de orientação aos usuários do transporte, já que passamos por uma mudança tremenda na logística do transporte coletivo com a inauguração dos dois terminais de ônibus", explicou. Desse caso, Pannunzio diz que aguarda decisão judicial em terceira instância. O outro caso, segundo Pannunzio, está resolvido. "Mas volto a insistir que nenhuma dessas ações populares nem a outra se inserem no contexto da ficha limpa, que é voltado para aqueles políticos que agem com dolo, com desonestidade."
 
Semana de pré-candidatos 
Na segunda-feira, o pré-candidato pelo PMDB, ex-deputado federal e ex-prefeito de Sorocaba Renato Amary, esteve na rádio e também falou sobre a Lei da Ficha Limpa, dizendo que também não teme a lei, salientando que foi um dos congressistas que trabalhou para que essa lei fosse promulgada. Na ocasião da entrevista, o PSDB ainda não havia indicado quem seria o pré-candidato ao que Amary declarou estar à vontade com qualquer pré-candidato indicado pelo partido de oposição. Referendou o apoio de 14 partidos junto ao PMDB e destacou que tudo o que acertou com os partidos será cumprido, dizendo que ele é homem de palavra. Afirmou que as relações de amizade que sempre manteve com o governador Geraldo Alckmin, enquanto era do PSDB, serão mantidas.

Na terça-feira, foi a vez do ex-vereador e ex-deputado estadual Raul Marcelo, pré-candidato pelo Psol, que afirmou, entre outras coisas, que Sorocaba se desenvolveu sim, mas que ainda faltam investimentos sérios na saúde, como a construção de um hospital municipal e também ações efetivas no transporte. Na quarta-feira, a ex-vereadora e ex-deputada federal, Iara Bernardi, pré-candidata pelo PT, fez críticas ao governo dos tucanos, destacando que o município se recusou a fazer parcerias com programas federais, como o Minha Casa, Minha Vida, fazendo com que a sociedade perdesse no aspecto habitacional. O vereador Hélio Godoy, pré-candidato pelo PSD, esteve na quinta-feira e falou sobre uma solução para o problema habitacional: "O município precisa de um programa de loteamento urbano. Os governos Lippi e Amary não entregaram uma casa; ninguém quer um apartamento de 40 metros quadrados, as pessoas querem seu terreno para pegar amor pela terrinha e, então, construir a casa dos seus sonhos", ressaltou.

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