Alumínio, Araçoiaba da Serra, Cabreúva, Laranjal Paulista e Piedade caíram de adequada para controlada
Giuliano Bonamimgiuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br
Cinco cidades da região de Sorocaba registraram queda na qualidade do tratamento e disposição final do lixo domiciliar. Os dados de 2011 fazem parte do mais recente inventário elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que analisou o Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR) em Alumínio, Araçoiaba da Serra, Cabreúva, Laranjal Paulista e Piedade, onde a classificação caiu de "adequada" para "controlada" no período de um ano devido a problemas de operação.
A redução da nota, em comparação a 2010, pode ser explicada por falhas no recebimento e na cobertura do lixo. "Também pode ter ocorrido a quebra de equipamentos e uma demora significativa para o reparo", diz Rafael Dal Medico Neto, superintendente técnico da agência de Sorocaba da Cetesb.
A classificação de Araçoiaba da Serra passou de 9,2 em 2010 para 7,9 pontos, no ano passado. Segundo Neto, o aterro sanitário do município teve um problema na esteira usada para a separação dos resíduos com potencial de reciclagem. "Ela [esteira] era curta, o lixo acumulava e provavelmente esse foi um motivo para a queda da nota", relata.
A boa notícia é a melhora da classificação de Alambari, que construiu um novo aterro sanitário. Com isso, a cidade pulou de 6,3 para 9,3 no período de um ano e passou a ter um dos melhores índices do Estado.
O aterro sanitário de Iperó apresenta condições ambientais e sanitárias adequadas de tratamento e disposição final de resíduos domiciliares. O local é o destino das 500 toneladas de lixo produzidas diariamente em Sorocaba e recebeu uma nota 9,6 - em uma escala de 0 a 10 - no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares referente a 2011. O documento também revela uma situação favorável no aterro de Votorantim, aprovado com 8,9.
A nota da Cetesb é o resultado de cálculos baseados na localização, estrutura e operação dos aterros sanitários. As análises são feitas duas vezes por ano e uma média é definida no inventário.
Segundo o gerente da agência da Cetesb, Sétimo Humberto Marangon, as condições dos aterros sanitários estão melhores em comparação à média dos anos anteriores. "É um reflexo da intensificação da fiscalização e da preocupação dos próprios municípios, interessados em melhorar o destino dos resíduos", comenta.
O relatório da Cetesb revela ainda que, entre as 33 cidades pertencentes à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI), nenhum município se enquadra na condição inadequada. "Essa situação era bem diferente há 15 anos", relata Marangon.
A Cetesb faz a classificação com o Índice de Qualidade de Resíduos (IQR). O aterro é classificado como adequado caso consiga a pontuação entre 8,1 e 10. Os controlados são os locais com notas entre 6,1 e 8 e os inadequados estão abaixo de 6. Os números maiores são conquistados com a menor a contaminação do solo, a cobertura rápido do lixo e até a ausência de catadores e de urubus.
Os resíduos domiciliares de Sorocaba têm sido destinados ao Aterro Sanitário Industrial CGA Iperó, de propriedade da empresa Proativa Meio Ambiente. De acordo com a Secretaria de Parcerias (Separ), a quantidade de lixo despejada no local não é maior graças ao Programa Municipal de Coleta Seletiva. Esse trabalho é feito em parceria com quatro cooperativas de reciclagem de Sorocaba: Coreso, Reviver, Catares e Ecoeso. Elas contam com aproximadamente 110 catadores e, juntas, comercializam, em média, 350 toneladas por mês de material reciclável.
Já o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Votorantim ativou em 28 de março a terceira célula do aterro sanitário da cidade. A área de 10 mil metros quadrados - do tamanho de um campo de futebol - terá uma vida útil estimada em três anos e capacidade para receber 150 mil metros cúbicos de lixo doméstico.
O local foi preparado para suportar a descarga de 77 toneladas diárias de resíduos sólidos produzidos no município. O vale, de aproximadamente 20 metros de altura, foi coberto por uma geomembrana de polietileno com a função de evitar a contaminação do solo, pois isola de maneira eficiente o lixo da superfície de terra.
O aterro sanitário de Votorantim foi inaugurado em abril de 2009 e tem um potencial de uso de mais 38 anos. A área está localizada na rodovia Raimundo Antunes Soares (SP-79), que liga as cidades de Votorantim e Piedade, e pode comportar até 20 células.
Evolução no EstadoO Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2011 destaca a evolução referente à quantidade de resíduos sólidos dispostos adequadamente em todo o estado de São Paulo. O número passou de 10,9% do total gerado, em 1997, para 82,8% em 2011.
Outra indicação significativa refere-se à quantidade de municípios cuja disposição se enquadra em condição inadequada. Em 1997, esse número correspondia a 77,8% das cidades do Estado e, em 2011, corresponde a 3,6%.
A análise dos resultados obtidos permite a Cetesb concluir que, no decorrer dos últimos 15 anos, registrou-se uma melhora da situação dos locais de disposição e tratamento de resíduos sólidos domiciliares no estado de São Paulo. Fica, também, demonstrada a necessidade de intensificar os esforços para buscar novas alternativas tecnológicas para o tratamento e disposição dos resíduos domiciliares, uma vez que a forma atual de alguns municípios propicia grandes oscilações nas condições de operação que, além de gerar problemas ambientais, tem reflexo direto na classificação do aterro.
Cinco cidades da região de Sorocaba registraram queda na qualidade do tratamento e disposição final do lixo domiciliar. Os dados de 2011 fazem parte do mais recente inventário elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que analisou o Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR) em Alumínio, Araçoiaba da Serra, Cabreúva, Laranjal Paulista e Piedade, onde a classificação caiu de "adequada" para "controlada" no período de um ano devido a problemas de operação.
A redução da nota, em comparação a 2010, pode ser explicada por falhas no recebimento e na cobertura do lixo. "Também pode ter ocorrido a quebra de equipamentos e uma demora significativa para o reparo", diz Rafael Dal Medico Neto, superintendente técnico da agência de Sorocaba da Cetesb.
A classificação de Araçoiaba da Serra passou de 9,2 em 2010 para 7,9 pontos, no ano passado. Segundo Neto, o aterro sanitário do município teve um problema na esteira usada para a separação dos resíduos com potencial de reciclagem. "Ela [esteira] era curta, o lixo acumulava e provavelmente esse foi um motivo para a queda da nota", relata.
A boa notícia é a melhora da classificação de Alambari, que construiu um novo aterro sanitário. Com isso, a cidade pulou de 6,3 para 9,3 no período de um ano e passou a ter um dos melhores índices do Estado.
O aterro sanitário de Iperó apresenta condições ambientais e sanitárias adequadas de tratamento e disposição final de resíduos domiciliares. O local é o destino das 500 toneladas de lixo produzidas diariamente em Sorocaba e recebeu uma nota 9,6 - em uma escala de 0 a 10 - no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares referente a 2011. O documento também revela uma situação favorável no aterro de Votorantim, aprovado com 8,9.
A nota da Cetesb é o resultado de cálculos baseados na localização, estrutura e operação dos aterros sanitários. As análises são feitas duas vezes por ano e uma média é definida no inventário.
Segundo o gerente da agência da Cetesb, Sétimo Humberto Marangon, as condições dos aterros sanitários estão melhores em comparação à média dos anos anteriores. "É um reflexo da intensificação da fiscalização e da preocupação dos próprios municípios, interessados em melhorar o destino dos resíduos", comenta.
O relatório da Cetesb revela ainda que, entre as 33 cidades pertencentes à Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI), nenhum município se enquadra na condição inadequada. "Essa situação era bem diferente há 15 anos", relata Marangon.
A Cetesb faz a classificação com o Índice de Qualidade de Resíduos (IQR). O aterro é classificado como adequado caso consiga a pontuação entre 8,1 e 10. Os controlados são os locais com notas entre 6,1 e 8 e os inadequados estão abaixo de 6. Os números maiores são conquistados com a menor a contaminação do solo, a cobertura rápido do lixo e até a ausência de catadores e de urubus.
Os resíduos domiciliares de Sorocaba têm sido destinados ao Aterro Sanitário Industrial CGA Iperó, de propriedade da empresa Proativa Meio Ambiente. De acordo com a Secretaria de Parcerias (Separ), a quantidade de lixo despejada no local não é maior graças ao Programa Municipal de Coleta Seletiva. Esse trabalho é feito em parceria com quatro cooperativas de reciclagem de Sorocaba: Coreso, Reviver, Catares e Ecoeso. Elas contam com aproximadamente 110 catadores e, juntas, comercializam, em média, 350 toneladas por mês de material reciclável.
Já o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Votorantim ativou em 28 de março a terceira célula do aterro sanitário da cidade. A área de 10 mil metros quadrados - do tamanho de um campo de futebol - terá uma vida útil estimada em três anos e capacidade para receber 150 mil metros cúbicos de lixo doméstico.
O local foi preparado para suportar a descarga de 77 toneladas diárias de resíduos sólidos produzidos no município. O vale, de aproximadamente 20 metros de altura, foi coberto por uma geomembrana de polietileno com a função de evitar a contaminação do solo, pois isola de maneira eficiente o lixo da superfície de terra.
O aterro sanitário de Votorantim foi inaugurado em abril de 2009 e tem um potencial de uso de mais 38 anos. A área está localizada na rodovia Raimundo Antunes Soares (SP-79), que liga as cidades de Votorantim e Piedade, e pode comportar até 20 células.
Evolução no EstadoO Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2011 destaca a evolução referente à quantidade de resíduos sólidos dispostos adequadamente em todo o estado de São Paulo. O número passou de 10,9% do total gerado, em 1997, para 82,8% em 2011.
Outra indicação significativa refere-se à quantidade de municípios cuja disposição se enquadra em condição inadequada. Em 1997, esse número correspondia a 77,8% das cidades do Estado e, em 2011, corresponde a 3,6%.
A análise dos resultados obtidos permite a Cetesb concluir que, no decorrer dos últimos 15 anos, registrou-se uma melhora da situação dos locais de disposição e tratamento de resíduos sólidos domiciliares no estado de São Paulo. Fica, também, demonstrada a necessidade de intensificar os esforços para buscar novas alternativas tecnológicas para o tratamento e disposição dos resíduos domiciliares, uma vez que a forma atual de alguns municípios propicia grandes oscilações nas condições de operação que, além de gerar problemas ambientais, tem reflexo direto na classificação do aterro.
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