Educação diz que fiscais não relataram nenhum problema no exame.
Promotoria vai investigar denúncia de alunos.
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A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo disse, em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (4), que o exame do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) que está sob suspeita de fraude emSorocaba (SP) não foi aplicado por professores da Escola Estadual Reverendo Augusto da Silva Dourado.
A Promotoria da Infância e Juventude decidiu investigar o exame depois que alunos declararam ter recebido ajuda de professores para fazer a prova.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, o exame foi aplicado por um docente de outra unidade de ensino, cujo nome não foi divulgado, e que havia fiscais presentes na sala de aula. Além deles, diz a nota, pais voluntários também faziam a supervisão dos exames, e que eles não relataram nenhuma irregularidade.
Segundo o promotor da Infância e Juventude Antônio Farto Neto, serão desenvolvidas três investigações. "Uma na área administrativa, para reverter a classificação se de fato houve fraude, outra na área criminal, para investigar se houve ajuda por parte de professores e pais, e em relação aos adolescentes, para saber se eles eram coniventes com a situação."Apesar disso, a secretaria afirma que, “em face das manifestações de alunos e seus pais veiculadas pela imprensa, a Pasta decidiu instaurar uma apuração preliminar sobre o assunto” e que os responsáveis serão punidos se as irregularidades forem comprovadas.
A investigação vai começar com depoimentos. Devem ser ouvidos alunos, pais, professores e a direção da escola. Se for constatada a fraude, o responsável ou os responsáveis podem responder por estelionato.
A suspeita é que a escola tenha fraudado o resultado do exame para receber uma bonificação em dinheiro, que a Secretaria da Educação destina aos professores das instituições de ensino mais bem avaliadas no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação Estadual). O Saresp é um dos itens que compõe esse índice, no qual a escola Reverendo Augusto da Silva Dourado teve nota 9,3, bem superior à meta proposta pela Secretaria da Educação, que era de 6,12.
"Essa desproporção entre as notas alcançadas pelos alunos e a média estadual é um forte indicativo de que pode ter ocorrido alguma irregularidade", diz o promotor.
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