Falha em sensor causa pior acidente da história do Metrô

Passageiro é atendido dentro de vagão do metrô

Rafael Italiani, Fabiana Cambricoli e Folha de S.Paulo

do Agora
No pior acidente dos 38 anos do Metrô, um trem da linha 3-vermelha, a mais movimentada da companhia, bateu em uma composição que estava parada na via, ontem de manhã, deixando ao menos 49 feridos.
Outras 57 buscaram unidades de saúde municipais ou estaduais. Passageiros quebraram janelas para escapar.
A principal suspeita é que o sistema automático anticolisão tenha falhado, o que levou os trens a se aproximarem.
Na linha 3, esse mecanismo impede que os trens fiquem a menos de 150 metros entre si.
Segundo o Sindicato dos Metroviários, um problema igual aconteceu cerca de uma hora antes por um maquinista, e foi informado ao CCO (centro de controle operacional).
O acidente aconteceu no sentido Palmeiras-Barra Funda, às 9h50, entre as estações Penha e Carrão.
O trem parado estava vazio. Segundo Jurandir Fernandes, secretário estadual de Transportes Metropolitanos, a composição que bateu contra a outra estava entre 9 km/h e 12 km/h.
Com o impacto, os passageiros foram arremessados uns sobre os outros.
Resposta
O Metrô descartou erro humano, do maquinista ou do centro de controle.
"Um processador entre as estações Penha e Carrão passou a enviar informações erradas para o sistema", diz. Segundo o Metrô, o motivo dessa falha será investigado.
A empresa diz que não há nenhum mecanismo para fazer a correção automática do defeito. Questionado à tarde sobre a falha anterior no mesmo ponto, relatada pelo Sindicato dos Metroviários, o Metrô não se pronunciou.
O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes afirmou que a velocidade do trem era "quase que igual a de engate" --entre 9 km/h e 12 km/h. "Vamos saber tudo pelos registros", afirmou.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não se manifestou sobre o assunto ao longo do dia de ontem.

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