Falta de médicos suspende internação em UTI infantil


Dona de casa mostra foto do filho em UTI hospitalar

Simei Morais

do Agora
A falta de médicos levou o Hospital Municipal de Ermelino Matarazzo (zona leste de SP) a suspender internações na UTI pediátrica de pacientes encaminhados para outras unidades.
Os seis leitos da UTI ficam reservados para eventuais pacientes que já estão em atendimento no próprio Ermelino. A medida vale desde o dia 27 de abril.
Anteontem, o hospital recusou uma vaga de unidade intensiva para uma bebê, que foi levada para o Hospital Municipal do Jabaquara (zona sul). UTIs não podem funcionar sem médicos.
Ontem, representantes do conselho gestor do hospital se reuniram com o diretor técnico do Ermelino Matarazzo, Sérgio Matsudo, para discutir o problema na UTI pediátrica.
Segundo ele, desde o final do ano passado a falta de médicos compromete o atendimento na unidade.
A UTI infantil deveria contar com 16 médicos, mas atualmente tem 11, incluindo os que estão em férias e em licença maternidade.
Sextas-feiras e domingos são os dias com mais buracos na escala, por conta de outros compromissos dos médicos.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde e a Autarquia Hospitalar Municipal afirmam que nenhum paciente fica sem atendimento.
"Os que precisarem de internação em UTI infantil serão encaminhados para outras unidades da rede, como já vem sendo feito para os casos em que houve necessidade", diz a pasta.
Os órgãos dizem ainda que mantêm vagas abertas para contratação de médicos, inclusive no Ermelino Matarazzo.
A secretaria afirma que seu quadro de médicos cresceu 67,87%, em 8 anos, e que flexibilizou a jornada de trabalho para atrair novos profissionais.

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