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Autoridades italianas abriram ontem uma sepultura na Basílica de Santo Apolinário, em Roma, e confirmaram, por meio de um exame de impressões digitais, que nela estava enterrado o mafioso Enrico de Pedis. A basílica é reservada para o enterro de papas e cardeais.
A caixa contendo seus restos mortais estava perto do caixão do mafioso, e não dentro dela, como havia sido divulgado antes.
Esses ossos e outros achados no mesmo local serão analisados.
De Pedis era líder do grupo criminoso da Magliana e acredita-se que ele está vinculado ao desaparecimento de Emanuela Orlandi, filha de um mensageiro do Vaticano, que sumiu em 22 de junho de 1983.
Um informante da Santa Sé disse, recentemente, que o Vaticano recebeu uma doação da viúva do mafioso em troca de seu enterro na igreja romana.
O Vaticano não comentou a acusação.
A advogada da família Orlandi, Nicoletta Piergentili, disse que o ossuário anexo à Igreja de Santo Apolinário também será inspecionado e examinado para verificar a hipótese de que a garota tenha sido enterrada junto com o mafioso.
A decisão do Ministério Público de reabrir o túmulo veio após um telefonema a um programa de TV falando sobre o enterro do corpo na basílica e após o testemunho da ex-namorada de de Pedis, Sabrina Minardi, que revelou que teria sido ele quem sequestrara Emanuela Orlandi.
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