Outro sonho possível


 do Jornal da Estância

Não entendo como um País que até dez anos atrás, embora tivesse a economia estabilizada apresentava uma taxa de desemprego elevada, taxa de juro irreal, estagnação do PIB e uma situação econômica que o colocava como 12ª. economia do mundo.  Um abismo entre pobres e ricos que chegava perto do risco de cisão social
Numa campanha vitoriosa, é eleito um operário de nome Lula que em seu governo viria mudar a situação da economia e principalmente incluir no processo econômico e social do País pessoas que sempre viveram marginalizadas em nossos 500 anos de história.
Com seus programas sociais mudou a situação da população menos abastada tirando da linha absoluta de pobreza mais de 30 milhões de brasileiros, embora muitos oportunistas tentaram desqualificar suas políticas sociais.
O operário que até então causava arrepios na elite, aos poucos vai conquistando a confiança e mostrando para maioria da população brasileira que era possível à construção de um País democrático e principalmente solidário. Os investimentos na construção de Escolas federais de nível superior, a expansão do crédito educacional e principalmente a democratização do acesso aos estabelecimentos de ensino universitário acabaram qualificando a população a ocupar melhores postos de trabalho no sistema produtivo.  Durante a sua gestão foram criados mais 15 milhões de postos de trabalho, 15 universidades federais, 214 escolas técnicas, o salário mínimo pulou de $ 78,00 para $ 300,00, recuperou a indústria naval, baixou a taxa selic para 10,75% ao ano, o risco Brasil caiu pela primeira vez abaixo dos 200 pontos, pagou a dívida com o FMI,  deixou reservas no valor de $ 160 bilhões, a taxa de desemprego caiu para 6,5%, enfim o governo Lula chegou a ter 80% de aprovação, o que acabou desaguando na eleição de Dilma que no início da campanha eleitoral tinha 3% das intenções de voto.
Este breve resumo diz repeito ao que tive que ouvir outro dia, ou seja, pude constatar que uma parte da elite e também da classe média, ainda nutre o mesmo sentimento revanchista com relação ao governo do presidente Lula.
Será que esses segmentos não conseguem digerir o sucesso de uma pessoa que conduziu o País por oito anos e ascendeu das classes menos favorecidas.  A ignorância faz com que determinados grupos atribuam ao ex-presidente leis que foram implantadas no Brasil há 50 anos com o único objetivo de desqualificar o operário/presidente.
Por fim me causou grande decepção quando Lula acometido por um câncer linfático recebeu manifestações de grupos que sentem saudades dos tempos de repressão e que são as verdadeiras viúvas do golpe militar de 1964, no sentido de que fosse tratar a sua doença no SUS.  Estes brasileiros revanchistas mostraram a sua real faceta quando torceram pela morte de um ser humano pelo simples fato de discordarem ideologicamente deste operário que deixou a presidência nos braços da população brasileira.  Por isso você deve acreditar no seu sonho, outra vida é possível.

Emir Bechir

Postar um comentário

0 Comentários