Prefeitura ignora Justiça e nega abrigo para deficiente


Josmar Jozino

do Agora
A Prefeitura de São Paulo impediu o deficiente físico Marcos de Araújo, 44 anos, de continuar na casa de repouso Solar das Mercedes, no Alto da Lapa (zona oeste), e desde abril de 2011 descumpre ordem judicial que determina que providencie um local para abrigá-lo.
Araújo ficou paraplégico em 19 de janeiro de 2002, quando sofreu um assalto e foi baleado na coluna.
Ele trabalhava com informática. O crime aconteceu em Pirituba (zona oeste). Dois ladrões tentaram roubar sua moto.
Ele perdeu os movimentos do peito para baixo. Aposentou-se e passou a receber R$ 1.000 por mês.
O cadeirante morava com a mãe em um apartamento, mas ela morreu em junho de 2002.
Resposta
Em nota divulgada ontem, a prefeitura não respondeu porque vem descumprindo a decisão judicial há um ano e um mês e até hoje não arrumou abrigo adequado para Marcos de Araújo.
A nota diz que "de acordo com relatórios técnicos, o sr. Marcos de Araújo deixou espontaneamente a instituição para morar com a namorada e não deixou endereço pra contato".
A defensora Renata Tibyriçá contesta as alegações da prefeitura.
Segundo ela, Araújo não deixou a casa de repouso espontaneamente e foi acolhido por uma amiga em um local inadequado.
Ela afirma que a saúde dele se agravou.
"Mesmo que a prefeitura não tivesse o endereço dele, tem o da Defensoria, que fica em frente ao prédio da Procuradoria-Geral do Município", disse.

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