Pedágios e passagens de ônibus da EMTU ficam mais caros a partir de hoje



Folha de São Paulo

As tarifas de pedágio das rodovias estaduais que cortam o Estado de São Paulo ficam mais caras a partir deste domingo. O governo anunciou na quinta-feira (28) os novos valores das tarifas, que variam de 2% a 14%.

A tarifa mais alta continua sendo a do sistema Anchieta-Imigrantes, que passará de R$ 20,10 para R$ 21,20 --aumento de 5%. A mais barata é a do Rodoanel, que subiu de R$ 1,40 para R% 1,50 (aumento de 7%).
Segundo a Artesp (agência do governo que fiscaliza as concessões), em 85% das praças do Estado o aumento será de até R$ 0,30.
O governo decidiu manter o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) para calcular o reajuste nas rodovias da primeira leva de concessões, de 1998. Nesse caso, o reajuste será de 4,26% --no ano passado foi de 9,77%.
Nos contratos mais novos, é usado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que ficou em 4,98% --no ano passado foi de 6,66%.
No cálculo das tarifas, além dos índices, são considerados arredondamentos de R$ 0,10 previstos nos contratos de concessão.
ÍNDICE
O governo recuou da decisão, anunciada no ano passado, de usar já neste ano o IPCA no reajuste dos pedágios de contratos antigos.
O IGP-M, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), é mais influenciado pelo dólar no longo prazo. Por isso, desde 1998, ele tem ficado acima do IPCA, índice de inflação oficial calculado pelo IBGE. No período, o IGP-M subiu 228%, contra 138% do IPCA.
Este foi um dos motivos que levou a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) a definir o IPCA como indexador padrão dos reajustes. Logo que assumiu, após críticas sobre o preço dos pedágios na campanha eleitoral de 2010, o governador havia dito que iria rever os contratos para baratear os valores cobrados.
Segundo a Artesp, as negociações sobre a mudança foram concluídas com as concessionárias em dezembro. Mas o governo esperou o fechamento dos índices para decidir se usaria o IPCA já neste ano ou no ano que vem.
No fechamento, o IPCA ficou ligeiramente maior que o IGP-M, o que levou o governo a adiar a adoção do índice.
A diretora-geral da Artesp, Karla Bertocco Trindade, negou que a decisão tenha relação com o ano eleitoral.
Ela diz que a mudança de um índice para o outro teria pouco efeito. Nas rodovias da primeira leva, em 54% dos pedágios não haveria mudança no valor da tarifa e em 44% deles essa mudança seria de até R$ 0,10.
Editoria de Arte/Folhapress
EMTU
No caso das tarifas da EMTU, o cálculo leva em conta a divisão entre o novo valor do pedágio e a média de passageiros transportados por viagem.
Os reajustes variam de R$ 0,05 (consórcio Unileste, Metrópolis e Salamanca) a R$ 0,10 (consórcio Anhanguera).

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