CPI retoma sessões e tenta ouvir noiva de Cachoeira


O Estado de S.Paulo

A CPI do Cachoeira retoma suas atividades nesta terça-feira, 7, após o recesso parlamentar, e tenta ouvir a noiva de Cachoeira, Andressa Mendonça. A comissão investiga as relações do contraventor com agentes públicos e privados.
O argumento para a convocação é de que ela “circulava entre figuras importantes, como políticos, empresários e jornalistas”, e teria conhecimento da rede de influência de Carlinhos Cachoeira. Advogados de Andressa teriam tentado adiar sua ida à comissão, mas o pedido foi negado.
A noiva de Cachoeira deverá ser questionada sobre a acusação de tentativa de chantagem ao juiz federal Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Federal em Goiânia. Segundo o magistrado, ela teria tentado chantageá-lo com ameaça de divulgar um dossiê caso não beneficiasse Cachoeira em julgamento em curso na Justiça de Goiás. O contraventor é acusado de liderar esquema de jogos ilegais no Estado.
Além de Andressa, a CPI tentará ouvir nesta terça o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, apontado como um dos “arapongas” do grupo de Cachoeira.
PSDB e PPS também querem chamar o ex-governador de Goiás Íris Rezende (PMDB) e seu ex-coordenador de campanha em 2010, Sodino Vieira de Carvalho, para explicar o suposto recebimento de recursos do esquema. Segundo relatório da PF, revelado pelo Estado, Sodino é suspeito de ter recebido R$ 2 milhões por meio de um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas operado por Gleyb Ferreira da Cruz, aliado de Cachoeira. O ex-coordenador de campanha alega não ter ligações com o grupo do contraventor e que o repasse não chegou a ocorrer.

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