Justiça dos EUA decide não processar Goldman Sachs por relação com crise


Goldman Sachs se livrou de receber acusações formais por fraudes financeiras relacionadas com a crise hipotecária norte-americana de 2007


Danielle Chaves, da Agência Estado
NOVA YORK - Após um ano de investigações, o Departamento de Justiça dos EUA afirmou que não fará acusações formais contra o Goldman Sachs Group ou qualquer um de seus funcionários por fraudes financeiras relacionadas com a crise hipotecária norte-americana. Em um comunicado, o departamento afirmou que "o ônus da prova" contra o Goldman não pôde ser alcançado com base nas queixas feitas em um relatório preparado por um painel do Senado dos EUA que investigou a crise financeira.

"Baseado na lei e nas evidências como existentes no momento, não há uma base viável para abrir um processo criminal com respeito ao Goldman Sachs ou seus funcionários em relação às acusações apresentadas no relatório", diz o comunicado. O Departamento de Justiça se reservou o direito de fazer as acusações no futuro se novas evidências surgirem.

"Estamos satisfeitos por deixar esse assunto para trás", afirmou o Goldman Sachs em um comunicado.

Em abril de 2011, o Subcomitê Permanente do Senado dos EUA para Investigações publicou um grave relatório sobre a crise financeira no qual o Goldman foi destacado como réu. Parlamentares acusaram a empresa de criar uma cultura gananciosa e de gerenciar negócios conflitantes e afirmaram que o banco colocava seus interesses à frente do dos clientes.

O senador democrata Carl Levin, presidente do subcomitê, disse que executivos do Goldman mentiram ao Congresso sobre as apostas do banco contra o mercado imobiliário. A acusação levou à investigação do Departamento de Justiça por possível perjúrio. Uma porta-voz de Levin não quis comentar a decisão do departamento ontem.

A decisão foi tomada em meio às críticas de parlamentares ao Departamento de Justiça pelo que eles consideram resultados decepcionantes nos esforços para processar criminalmente empresas e indivíduos por má conduta relacionada à crise. Segundo uma fonte, a investigação foi conduzida pela divisão de Nova York do Federal Bureau of Investigation (FBI, a Polícia Federal dos EUA). As informações são da Dow Jones.

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