Laudo comprova versão de Elize para morte de executivo


Folha de S.Paulo

O laudo da morte do executivo Marcos Kitano Matsunaga, 41 anos, um dos herdeiros da Yoki Alimentos, foi entregue na noite de anteontem pelo IC (Instituto de Criminalística) ao DHPP (departamento de homicídios), da Polícia Civil.
As imagens do reconstituição foram divulgadas ontem pelo site G1.
No documento, a versão de Elize Araújo Kitano Matsunaga, 30 anos, presa pela morte do marido, é corroborada pela reprodução simulada do crime (reconstituição) e colheita de provas por meio da aplicação do reagente químico luminol --que detecta vestígios de sangue.
Os peritos do IC concluíram que Elize atirou contra a cabeça do marido no corredor da sala da cobertura onde o casal vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste), arrastou o corpo dele pelo corredor e, em um quarto de hóspedes, o esquartejou horas depois.
Em todos esses locais foram encontradas manchas de sangue do executivo.
Os peritos também aplicaram luminol em outros locais do apartamento para tentar descobrir se Elize falava ou não a verdade sobre a dinâmica do crime.
Porém, nada foi encontrado nos outros cômodos do imóvel.
Para constatar eventuais contradições de Elize, o luminol foi aplicado na cozinha, no quarto do casal, na sala de jantar e na parte superior da cobertura.
Assassinato
O crime ocorreu em 19 de maio. Os pedaços do corpo de Matsunaga foram jogados em locais distintos de Cotia (Grande São Paulo).
Elize foi presa em 4 de junho. Segundo sua defesa, ela matou Matsunaga após uma discussão na qual foi agredida por ele.
Os advogados da acusada afirmam ainda que ela temia ficar sem a guarda da filha, em uma eventual separação do casal.
Ainda de acordo com a defesa, a briga entre o casal começou porque Elize confrontou o executivo com a descoberta de uma traição por parte dele.
Ela havia contratado um detetive para seguir o marido.
Denúncia
Elize foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público Estadual por homicídio triplamente qualificado (o que serve para aumentar a pena): motivo torpe (vingança), recurso que dificultou defesa da vítima e meio cruel. Ela também será processada por ocultação de cadáver.
Para a Promotoria, Elize matou e esquartejou o marido de maneira premeditada para se vingar da traição e para ficar com R$ 600 mil de um seguro de vida feito pela vítima.

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