Folha de S.Paulo
Indignada com os dois furtos registrados em sua casa, a professora aposentada da Unesp de Bauru Sonia Sevilha Martins, 65 anos, decidiu deixar um "recado" a outros eventuais bandidos: "Nesta casa não tem mais nada para levar!! Já levaram tudo".
A pichação, destinada ao "caríssimo ladrão" e feita com pedaços de carvão nos muros de sua casa, no Alto Boa Vista, bairro de classe alta de Ribeirão Preto (313 km de SP), termina com um "parabéns pela eficiência".
Morando em Ribeirão desde setembro passado, ela afirma que sua casa foi arrombada pela primeira vez em dezembro.
Na ocasião, Sonia e o marido saíram por cerca de uma hora e, quando voltaram, o carro e alguns equipamentos eletrônicos já não estavam mais lá.
O segundo furto aconteceu no último final de semana, quando eles viajaram.
O vigilante da rua, que recebe R$ 120 por mês, telefonou para avisar que a casa havia sido arrombada novamente.
Desta vez, foram levadas até roupas do marido e o ferro de passar.
"Quando cheguei e vi minha casa vazia e revirada, me revoltei e decidi não ficar quieta. Quis mostrar minha indignação", afirma.
Somando os dois furtos, o prejuízo calculado é de, no mínimo, R$ 50 mil.
O casal está de mudança e procura um apartamento para morar.
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