Prefeitura gasta R$ 211 mi e não integra rede de saúde


Fabiana Cambricoli, Aline Mazzo e Paula Felix

do Agora
Após oito anos e R$ 211 milhões gastos, a prefeitura ainda não conseguiu colocar em pleno funcionamento o sistema que prometia informatizar todas as unidades de saúde, melhorar o sistema de marcação de consultas e exames e reduzir a fila de espera por procedimentos.
As falhas no sistema Siga SP foram descritas em um relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município) de março, ao qual o Agora teve acesso.
O documento é resultado de uma auditoria feita pelos técnicos do órgão em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em 2011.
O sistema tem como uma de suas funções receber todos os pedidos de encaminhamento do paciente após ele passar pela UBS, e cruzá-los com as vagas disponíveis nas redes municipal e estadual.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde informou que "já está concluindo todas as recomendações do TCM", e que o controle da fila de espera e a integração do Siga com as unidades de saúde estaduais estarão implementados até o final do ano.
A pasta disse ainda que o sistema já possui todos os serviços para o qual foi inicialmente projetado e que já tem 8,5 milhões de usuários cadastrados.
Segundo a secretaria, o Siga "desempenhou papel fundamental" na informatização de todas as unidades de saúde, na integração de toda a rede e no bom funcionamento de programas como o Mãe Paulistana.
A pasta afirmou que não há relação entre o caso da paciente Rosana dos Anjos e problemas no Siga e que ela foi encaminhada ao Hospital Monumento porque ele é referência em oftalmologia.

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