Primeiro debate de TV em São Paulo tem mensalão, Kassab, Marta e Maluf


O Estado de S.Paulo

O primeiro debate da campanha pela Prefeitura de São Paulo, realizado nesta quinta-feira, 2, pela TV Bandeirantes, teve discussões sobre mensalão, aliança do PT com Paulo Maluf e sobre os governos de Marta Suplicy e do atual prefeito, Gilberto Kassab.
Espécie de franco atirador no evento, o candidato Carlos Giannazi (PSOL) foi o primeiro a abordar o caso em julgamento no Supremo Tribunal Federal, e usou o escândalo para atingir tanto o petista Fernando Haddad quanto o tucano José Serra.
O ex-petista Giannazi questionou Haddad sobre suas propostas para combater a corrupção e apontou incoerência do PT por fazer aliança com o PP de Paulo Maluf, “que é procurado pela Interpol”. “Seu partido está envolvido no grande escândalo do mensalão”, atacou o candidato do PSOL. A seguir, lembrou que o representante do PSDB fez aliança com o PR do “mensaleiro Valdemar da Costa Neto”.
O candidato petista, ao se defender, disse que procurou fazer alianças não com indivíduos, mas com os partidos que formam a base de apoio ao governo Dilma Rousseff – o PP está entre eles. Serra não pôde se manifestar, já que a pergunta de Giannazi não foi dirigida a ele. Mais tarde, Gabriel Chalita (PMDB) e Levy Fidelix (PRTB) também citaram o mensalão.
Apesar de não contar com a participação de Marta Suplicy (PT) em sua campanha, Haddad citou a ex-prefeita em tom elogioso, ao destacar que ela teve até de usar coletes à prova de balas ao “combater a corrupção” no sistema de transportes na época da implantação do Bilhete Único.
Serra destacou que sua gestão teve continuidade no governo de Gilberto Kassab (PSD), seu afilhado político. O candidato tucano usou o plural (“fizemos” e “criamos”) ao citar as realizações da prefeitura nos últimos anos.
Confronto. No início do debate, os candidatos do PSDB e do PT se colocaram em situação de polarização. Serra foi ao ataque em primeiro lugar, ao acusar as gestões anteriores à sua na prefeitura de não investir na construção de hospitais. “Durante 17 anos não se fez nenhum hospital”, afirmou. “Nós fizemos cerca de dois.” A seguir, Serra acusou o governo federal de “copiar” o projeto paulistano das AMAs ao implantar as chamadas UPAs. Ambas são unidades de saúde para atendimentos de baixa gravidade.
Haddad, em resposta, afirmou que os hospitais entregues na gestão de Serra foram iniciados no governo de Marta Suplicy. E apontou diferenças nos projetos de atendimento básico de saúde dos governos federal e municipal – uma delas o fato de as UPAs funcionarem 24 horas por dia.
Serra e Haddad voltaram a se enfrentar quando o tucano disse ter eliminado a “malfadada” taxa do lixo, criada na gestão Marta. “A troca da taxa do lixo pela do carro (inspeção veicular) não foi boa”, retrucou o petista, tentando fugir do fardo político da ex-prefeita Marta. O tucano voltou à carga: “A taxa do lixo não foi substituída por nada. Foi uma aberração criada na gestão do PT.”
Apesar de estar em segundo lugar nas pesquisas de opinião, Celso Russomanno, do PRB, foi poupado por Serra e Haddad. O apresentador de televisão foi questionado pelo peemedebista Gabriel Chalita sobre formas de incentivar a geração de empregos na cidade. Propôs incentivos tributários para empresas na periferia.
Ao fazer perguntas sobre trens e metrô ao candidato Levy Fidelix (PRTB) – conhecido por sua insistência na proposta de construir um “aerotrem” -, Serra ouviu como resposta uma série de elogios à política de transportes do PSDB. “Não combinamos nada, mas você me jogou uma bola nas mãos muito boa. Queria te parabenizar”, disse Fidelix. / DANIEL BRAMATTI, JULIA DUAILIBI, FERNANDO GALLO, BRUNO BOGHOSSIAN e FELIPE FRAZÃO
Veja como foi a cobertura ao vivo:
00h54 - Haddad afirma que o maior defeito de São Paulo é a atual gestão. Ele diz que “como ministro que mais aumentou o acesso à educação”, quer trazer sensibilidade social para a gestão da capital paulista. Termina o primeiro debate entre candidatos à prefeito de São Paulo.
00h53 - Chalita afirma que quer ser o prefeito da população pobre e “da verdade, porque tem muita mentira na política”.
00h52 - Russomanno afirma que será o defensor da população paulistana e diz que, com ele prefeito, os eleitores terão “uma cidade mais humana”.
00h51 - Serra faz um discurso mais focado nos valores do que nas propostas e afirma que tem a oferecer “um passado limpo” para a população de São Paulo.
00h50 - Paulinho volta a falar sobre sua proposta de descentralização da cidade de  São Paulo. Ele defende eleições diretas para subprefeitos e também o incentivo para tranferir empresas para a periferia.
00h48 - Giannazi ressalta o discurso de mudança. Ele lembra a atuação do PSOL contra a corrupção no Congresso. O candidato também pede votos para os vereadores da legenda.
00h47 - Soninha lembra sua experiência como jornalista, voluntária, vereadora e subprefeita. Ela defende o diálogo com os funcionários públicos.
00h45 - Começa o último bloco do debate, em que os candidatos farão as considerações finais. Levi Fidelix é o primeiro a falar. Ele volta a destacar suas propostas para aumentar o investimento da prefeitura através da criação de um banco.
00h39 - Serra pergunta para Chalita quais são seus planos para melhorar a acessibilidade para deficientes físicos em São Paulo. Ao responder, o candidato do PMDB afirma que São Paulo não tem infraestrutura para pessoas com esse problema e precisa mudar para oferecer melhor qualidade de vida. Serra diz que sua proposta para o setor é “formar cerca de 100 mil cuidadores”, que deveriam ajudar os deficientes físicos. Ele diz que o programa da cidade para educação de crianças com deficiência, criado pelo seu secretário, é um dos melhores do mundo. Chalita discorda do candidato tucano e afirma que sua gestão não melhorou “em nada” a educação em São Paulo.
00h34 - Paulinho da Força pergunta para Soninha Francine qual seu plano para os idosos de São Paulo. A candidata do PPS diz que é preciso consultar os próprios idosos para saber quais são suas pretensões. Ela lembra que alguns querem curtir a aposentadoria, enquanto outros preferem continuar trabalhando por prazer. Ao comentar a resposta, o candidato do PDT diz que sua proposta é criar centros de convivência do idoso para permitir que os idosos tenham assistência e lazer. Ele diz considerar até uma bolsa academia para idosos, porque o investimento reverteria, segundo Paulinho, em uma economia na área da saúde.
00h28 - Haddad faz uma pergunta para Levi Fidelix sobre transporte público. Fidelix afirma que São Paulo está sendo tratada pelos candidatos como “uma casa da sogra”, onde ninguém paga as contas. Ele lembra a dívida da cidade e afirma que com a criação de um banco municipal, será possível investir na periferia. Haddad defende a duplicação de vias para estender corredores de ônibus e aumentar a oferta de transporte nas regiões que hoje vivem uma situação caótica. “Não se sabe daqui a dois, cinco anos, estaremos chegando mais cedo ou mais tarde do trabalho”, diz o petista. Levi Fidelix também defende a duplicação de vias, mas volta a dizer que sua proposta é a única que indica a fonte dos recursos.
00h23 - Soninha pergunta se Russomanno pediria o apoio do Maluf em troca de um minuto de televisão. “De jeito nenhum”, afirma o candidato do PRB, que lembra a trajetória turbulenta durante sua passagem pelo PP, partido do deputado federal. Ele aproveita o resto do tempo da resposta para falar sobre seus planos para a juventude. Soninha diz que fazer alianças não é um pecado, desde que estas sejam feitas visando melhorias para a cidade. Ela afirma que enquanto houver loteamento de cargos e funções no governo, não haverá como acabar com a corrupção. “A gente pode fazer aliança, mas a gente tem que dar transparência às alianças”, responde Russomanno. Ele defende que denúncias levem à instauração de sindicâncias e haja fiscalização.
00h18 - Giannazi faz uma pergunta para Paulinho da Força sobre funcionalismo público. Ele afirma que a gestão atual prejudicou os funcionários públicos com uma política de redução de benefícios. Paulinho defende a implantação de um programa de participação de lucros e resultados no funcionalismo público, similar ao defendido por ele no setor privado. Giannazi diz que o partido de Paulinho (PDT) apoio a política do PSDB que “massacrou” os trabalhadores públicos. Ele pergunta se Paulinho leu o livro ‘Privataria Tucana’, que denuncia corrupção no governo FHC. Paulinho lembra sua trajetória no sindicalismo e diz que, como prefeito, quer “tratar os trabalhadores como trabalhadores”, com uma mesa permanente de negociação.
00h12 - Russomanno faz uma pergunta para Giannazi sobre a falta de vagas em creches. Ele lembra os gastos da Prefeitura na gestão Kassab em consultoria e pergunta como esse dinheiro poderia ser usado para melhorar a educação infantil. Giannazi destaca o drama dos paulistanos que não tem acesso a educação, seja no nível infantil como fundamental e superior. Ele defende o investimento na construção de novas escolas para reduzir a superlotação nas salas de aula. “Só assim nos vamos resolver esse problema da demanda”, diz o candidato do PSOL. Ao comentar a resposta, Russomanno afirma que gastaria o dinheiro com educação. “Se a gente crescer verticalmente essas creches apenas um andar, nós atenderíamos essa demanda.” Giannazi discorda e afirma que a proposta de verticalizar creches não pode ser executada na prática. “É antieducativo.” Ele defende que as contas de São Paulo sejam auditadas para aumentar a verba da educação.
00h05 - Chalita faz uma pergunta para Haddad sobre violência urbana. Ele diz que estudou os casos de Nova York e Bogotá, que conseguiram reduzir drasticamente os índices de violência. Ele pergunta o que prefeito pode fazer para minimizar os problemas nessa área. Haddad diz que não precisa citar exemplos internacionais e lembra que a cidade de Diadema conseguiu reduzir a violência sob uma gestão do PT. O ex-ministro defende vídeo e áudio monitoramento para ter uma polícia mais eficiente e a criação de oportunidades de lazer para tirar os jovens do crime. Ao comentar a resposta, Chalita afirma que o prefeito “precisa ser um estadista” e criar soluções. Ele cita exemplos do Rio de Janeiro, cidade comandada pelo PMDB, e diz que algumas das soluções usadas na capital fluminense podem funcionar em São Paulo.
23h58 - Levi Fidelix faz uma pergunta para José Serra sobre transporte. Ele diz que o trânsito prejudica todos os cidadãos e pergunta o que Serra pretende fazer “além de metrô e aerotrem” em São Paulo. Serra afirma que há muita coisa planejada para a cidade e fala que o monotrilho deve ser expandido também. O tucano afirma que é preciso fazer um corredor de ônibus na Radial Leste, que vai ajudar a desenvolver a região. Ele também cita a duplicação da estrada M’Boi Mirim. Na réplica, Levi volta a defender a descentralização da cidade e diz que “é fundamental não deixarmos os caminhões entrarem em São Paulo” durante o dia. Serra elogia Levi, diz que ele tem “ideias arejadas sobre transporte” e arranca risadas da plateia.
23h56 - Começa o quarto bloco do debate. Neste bloco, candidatos voltam a perguntar para os outros candidatos.
23h45 - Giannazi responde a uma pergunta sobre as mortes no trânsito. Ele afirma ser contra a criminalização dos motoboys e considera ruim a proposta que proíbe o trafego de motocicletas entre as faixas. “Se nós tivéssemos aqui metrô de qualidade, trens de qualidade, ônibus melhores, não teríamos tantos acidentes”, diz o candidato do PSOL. Ao comentar a resposta, Paulinho da Força defende que a questão seja discutida com o governo federal para que haja um período maior para adaptação dos motoristas paulistanos antes da aplicação da lei.
23h40 - Ao responder qual seria sua proposta para melhorar a mobilidade urbana na Copa do Mundo, Soninha afirma que essas obras já deveriam estar prontas. Ela defende a integração dos sistemas de transporte da cidade, mas ressalta que não acredita que as obras ficarão prontas a tempo. Ao comentar a resposta, Levi Fidelix diz que São Paulo, “como um coração grande e pulsante, está com as artérias entupidas”. Ele cita pontos de trânsito pesado na cidade, como o aeroporto de Congonhas, que precisam de mudanças. Soninha afirma que as bicicletas também precisam ser integradas no sistema de transporte público.
23h35 - Questionado sobre qual seu plano para o problema da cracolândia, Paulinho diz que os viciados devem ser tratados como pessoas com um problema de saúde, e não como criminosos. “Polícia é para traficante”, afirmou. Ele defende uso de centros de atendimento para tentar reintroduzir os viciados na sociedade. Ao comentar a resposta, Soninha diz que São Paulo não tem apenas uma cracolândia e defende uma ação combinada das áreas da assistência social, saúde e segurança. Paulinho diz que pretende tratar os moradores de rua e viciados “como gente, com dignidade”.
23h30 - Chalita responde a uma pergunta sobre educação e a resistência que a classe dos professores tem em relação a seu trabalho. Chalita diz que espera dar às crianças pobres as mesmas oportunidades que as crianças ricas através da escola em tempo integral. Ao comentar a resposta, Russomanno afirma que o estudante pobre não tem condições de competir com o estudante do ensino particular. Ele defende maior oferta de lazer nas escolas públicas. Chalita lembra que ocupou a secretaria da Educação no governo Alckmin e a gestão foi bem avaliada. Ele afirma que é preciso dar mais alternativas aos jovens pobres.
23h25 - Fernando Haddad responde a uma pergunta sobre como o julgamento do Mensalão afeta a sua campanha. O petista lembra que já ocupou outros cargos públicos em gestões que tiveram “aprovação popular”. Ao comentar a resposta, Chalita afirma que a população tem uma visão negativa da classe política e defende a necessidade de mudar a imagem dos políticos. “Espero que seja um julgamento justo, tanto lá no julgamento do mensalão como na CPI do Cachoeira.” Haddad concorda sobre a necessidade de renovação na política, mas afirma que o País está no rumo certo e cita mudanças conquistadas nos últimos anos.
23h20 - Joelmir Beting faz uma pergunta para Russomanno e José Serra. Ele pergunta quais são os planos dos candidatos para melhorar a coleta de lixo e o seu tratamento. Russomanno diz que deverá buscar recursos no governo federal para “fazer o que precisa ser feito”. Serra diz que algumas etapas já foram cumpridas, citando a coleta, a criação de aterros e o uso dos resíduos para a criação de energia elétrica. Ele diz que o governo do Estado, na sua gestão, fez o programa Córrego Limpo, que “despoluiu” áreas na cidade. Na tréplica, Russomanno afirma que a Sabesp não faz o seu trabalho como deveria e promete cobrar das empresas públicas para que as obrigações sejam cumpridas.
23h15 - Boris Casoy faz uma pergunta para José Serra e Fernando Haddad. Ele quer saber se Serra vai aumentar ou criar novos impostos, inclusive o pedágio urbano, caso seja eleito. Serra diz que não pretende aumentar impostos e não vai criar o pedágio urbano. O tucano lembra que na gestão de seu partido foi criada a nota fiscal paulistana, que devolve aos consumidores uma parte dos tributos pagos nas compras. Haddad diz ter uma posição bastante definida sobre os tributos na cidade. Ele afirma que o aumento da arrecadação nos últimos anos permite adotar uma postura liberal em relação impostos na cidade. Ele diz que a houve uma “troca da taxa de lixo pela taxa do carro” através da criação do Controlar e critica o sistema. Serra rebate e diz que a taxa do lixo foi uma “aberração” criada pela gestão de Marta Suplicy.
23h09 - Começa o terceiro bloco do debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Neste bloco, os jornalistas da TV Band fazem perguntas para os candidatos.
23h04 - Celso Russomanno faz uma pergunta para Paulinho da Força sobre a violência urbana. “O que você pretende fazer para melhorar a segurança pública em São Paulo?”, pergunta. Paulinho diz que a Prefeitura tem muitas limitações  nessa área, já que a maior parte da responsabilidade é do Estado. O candidato do PDT afirma que está estudando o modelo de Nova York. Na réplica, Russomanno diz que a Guarda Civil Metropolitana pode fazer mais do que vem fazendo e defende usar esse contingente para “prender bandidos nas ruas, não para prender camelôs e ambulantes”. Paulinho defende que o município passe a ter maior autonomia na área para poder agir com maior independência. Ele também defende melhorias na iluminação urbana e a instalação de câmeras para identificar bandidos em regiões violentas.
22h58 - José Serra faz uma pergunta para Levi Fidelix sobre transporte público. Ele pede qual é a apreciação do candidato sobre o transporte sobre trilhos em São Paulo. Levi agradece a ‘deixa’ do tucano e elogia os projetos do PSDB no setor. “Você e o Alckmin estão fazendo o que há 15 anos eu prognosticava.” Para ele, é preciso retirar o Terminal do Tietê, a Ceagesp e “até o aeroporto”, para descentralizar São Paulo. Na réplica, Serra diz que pretende ligar a Zona Sul à Zona Oeste com o monotrilho. “Do ponto de vista de médio e longo prazo, a verdade é que nunca se fez tanto nesta cidade”, afirma o tucano. “Estamos falando a mesma linguagem em prol da população de São Paulo”, responde Levi.
22h53 - Gabriel Chalita faz uma pergunta para Celso Russomanno sobre empreendedorismo. Ele lamenta a burocracia enfrentada por quem tenta abrir uma empresa e pergunta qual as propostas de Russomanno para resolver esse problema. O candidato do PRB apresenta sua proposta para das incentivos às empresas que se instalam fora do centro. Ele também defende a criação da “cidade inteligente” através da integração das subprefeituras e da informatização dos serviços públicos. Chalita lembra das denúncias contra Aref e diz que não se pode culpar os shoppings pela corrupção na fiscalização. Ele defende mudanças também na gestão da economia informal.
22h48 - Soninha Francine faz uma pergunta para Carlos Giannazi sobre a educação. Ela pergunta onde está o problema da educação pública e como resolve-lo. Giannazi afirma que a área só melhorará de fato quando houver investimento e cita a proposta de aumentar para 10% do PIB o valor investido em educação. Ele lembra que um ministro do governo federal disse que a proposta “quebraria” a economia do País e disse que a verdade é outra: “Vamos quebrar a ignorância, o subdesenvolvimento.” Na réplica, Soninha fala sobre suas propostas, que envolvem melhorar a estrutura das escolar públicas e nos recursos humanos. Ela lembra da importância do controle social e da participação da população na fiscalização dos serviços públicos. “O professor não é valorizado no nosso País, no nosso Estado e na nossa cidade”, replica Giannazi, que culpa as recentes gestões do PT e PSDB pelas más condições de trabalho dos docentes.
22h43 - Fernando Haddad faz uma pergunta para Soninha sobre transporte público. Ele critica os projetos das gestões Serra e Kassab e pergunta qual o plano da candidata do PPS. Ela diz que “há muito o que fazer” e cita melhorias nos corredores de ônibus, desde a ampliação até a troca das viaturas. Soninha critica o governo federal por reduzir o IPI e afirma que a postura do Planalto vai na contramão do interessa da cidade. Haddad diz que, em outros países, o carro é mais barato do que no Brasil e ainda assim as pessoas utilizam o transporte coletivo porque o serviço é adequado, diferente da situação encontrada em São Paulo. “Eu não sou contra carro”, responde Soninha, que no entanto volta a criticar os incentivos ao setor automobilístico.
22h37 - Levi Fidelix faz uma pergunta para Gabriel Chalita sobre a dívida pública. Ele lembra as dívidas passadas pelas gestões Marta Suplicy e José Serra para seus sucessores e pergunta como tirar a divida da prefeitura com o governo federal. “É uma incorreta, que tira da Prefeitura de São Paulo R$ 3 bilhões todos os anos”, diz Chalita, que afirma pretender renegociar a pendência com o governo federal. “A presidência será sensível a esses problemas.” Na réplica, Fidelix propõe a criação de um banco próprio para o município de São Paulo, para atrair novos investimentos, e diz que o peemedebista propõe pedir “com o pires na mão”. “Eu quero ser o prefeito da parceria”, rebate Chalita. “São Paulo já teve brigas demais.”
22h30 - Carlos Giannazi faz uma pergunta para Fernando Haddad sobre corrupção. Giannazi diz que em São Paulo existem “várias máfias”, em áreas como a fiscalização de shoppings e a merenda escolar. Ele pergunta como Haddad vai combater a corrupção tendo se aliado com o ex-prefeito Paulo Maluf, que é procurado pela Interpol. Haddad diz que criará a “Controladoria Geral do Município, nos moldes da União”. Ele lembra que a ex-prefeita petista Marta Suplicy usou um colete à prova de balas durante o processo de criação do bilhete único, projeto que sofria oposição das empresas de ônibus. Sobre a aliança com Maluf, Haddad diz que acredita em alianças entre partidos, não indivíduos.
22h25 - Começa o segundo bloco. Paulinho da Força faz uma pergunta para José Serra. Ele fala sobre a situação de mobilidade urbana e pergunta qual o plano do tucano para essa área. Serra diz que já foram feitas “obras que abrem a cidade para uma integração maior”, como o Rodoanel. Serra defende a descentralização das empresas que estão no centro. Paulinho diz que seu projeto será diferente. Ele defende a redução de impostos para as empresas que atuam na periferia, dependendo da quantidade de empregos que elas criam. “Para que as pessoas possam trabalhar perto de casa, como era antigamente.”
22h16 - Fernando Haddad diz que o setor da saúde é onde “menos evoluímos” na cidade de São Paulo. Ele afirma que pretende entregar os hospitais “prometidos e não entregues” pela gestão de Serra e Kassab. “É preciso ser feito um plano de A a Z para melhorar a saúde na cidade de São Paulo.”
22h14 - O candidato Paulinho da Força diz que é preciso ser “muito duro” para resolver a questão da saúde. Ele afirma que é preciso dobrar o sistema de saúde da família e integrar esse serviço com a UBS. Ele também defende a contratação de leitos no setor privados para garantir o atendimento de todos os cidadãos.
22h12 - O candidato do PSDB, José Serra, afirma que as UPAs são uma cópia das AMAs e diz que a situação da saúde melhorou “consideravelmente” durante a sua gestão. Ele lembra que fez dois hospitais durante sua gestão na Prefeitura de São Paulo e cita o aumento de leitos na cidade.
22h10 - Gabriel Chalita defende uma parceria com os governos federal e estadual para melhorar o atendimento. Ele cita as UPAs e as AMAs como exemplo de modelos que podem ser adotados pela prefeitura. Chalita também propõe a informatização do sistema de saúde para melhorar o atendimento.
22h09 - Levi Fidelix afirma que o prefeito Gilberto Kassab “é inepto” e não está cuidando da saúde dos paulistanos. Ele propõe a criação de um novo sistema de atendimento na capital paulista.
22h07 - Soninha Francine (PPS) conta uma história pessoal sobre a marcação de uma consulta, que foi fixada para o ano seguinte. Ela afirma que se tratou em um mutirão de saúde e defende a realização de mutirões para atender o maior número de pacientes possível.
22h06 - Celso Russomanno (PRB) disse que para resolver o problema da saúde é preciso fazer funcionar o programa de saúde da família. Ele destaca a importância de integrar o sistema de saúde pela internet para fazer prevenção e garantir o atendimento correto.
22h00 - Começa o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo na eleição 2012. A primeira pergunta é sobre as propostas para o setor da saúde. O primeiro candidato a responder é Carlos Giannazi (PSOL). “A área da saúde é uma das áreas mais críticas da nossa cidade”, afirmou o candidato. Ele lembra as promessas de campanha de Kassab e afirma que, devido ao não-cumprimento dessas propostas, São Paulo vive “um caos” nos hospitais.
21h45 - A candidata do PPS Soninha Francine chegou por volta das 21h30. Ela disse que espera “um debate, e não uma briga”. “Muitos candidatos ainda estão se apresentando. Tem que se mostrar. Eu estou em terceiro lugar (empatada tecnicamente com o petista Fernando Haddad e o peemedebista Gabriel Chalita), na minha frente estão apenas o Serra (candidato do PSDB) e o Russomanno (candidato do PRB). Não preciso atacar”.
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21h25 - Os candidatos à Prefeitura Fernando Haddad (PT), Gabriel Chalita (PMDB) e Celso Russomanno (PRB) chegaram depois das 21h pregando um discurso de paz. “Penso que será um debate de muito alto nível, o paulistano deseja isso de nós”, disse o petista. Por sua vez, Russomanno afirmou que sua estratégia é a “troca de ideias” com adversários. “Se houver ataques, vou respondê-los, mas não vou atacar ninguém”, observou. Já Chalita disse que não veio preparado nem para atacar nem para ser atacado. “Estou preparado para falar da cidade de São Paulo.”
21h20 - O candidato do PSOL, Carlos Giannazi, chegou por volta das 21 horas à sede da TV Band.Giannazi afirmou que o seu foco no debate será a corrupção. “Vamos englobar (no debate) o mensalão, a privataria tucana e as máfias da prefeitura. São Paulo perde muito dinheiro (com a corrupção).”
Para ele, é necessária uma mudança nos partidos que tradicionalmente governam o País. “Precisamos construir novas alternativas”, defendeu.
21h15 - Primeiro candidato a chegar para o debate, Levy Fidelix (PRTB) afirmou esperar que o tucano José Serra “reconheça” que os projetos de monotrilhos na cidade de São Paulo, obras tocadas pelo governo estadual do também tucano Geraldo Alckmin, são uma cópia do seu aerotrem. “Só mudaram o nome. Esperamos que ele (José Serra) reconheça nesse debate.”

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