Primeiro-ministro sírio abandona o país e segue para a Jordânia


Síria diz que Riad Hiyab foi destituído do cargo, mas ele anunciou deserção


estadão.com.br


DAMASCO - O primeiro-ministro da Síria, Riad Hiyab, abandonou o país e seguiu para a Jordânia, nesta segunda-feira, 6.
Hiyab assumiu o cargo no dia 26 de junho - Reuters
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Hiyab assumiu o cargo no dia 26 de junho
A Síria anunciou que ele foi destituído do cargo e anunciou que o engenheiro Omar Galauanyi será o encarregado de dirigir o Governo de maneira provisória. No entanto, a Jordânia informou que o primeiro-ministro desertou com a família. 
Além disso, em nome de Riyad Hijab, um porta-voz declarou na televisão Al Jazeeraque o primeiro-ministro havia desertado do governo do presidente Bashar al-Assad e unido-se à oposição. "Eu anuncio hoje minha deserção do regime terrorista e assassino e anuncio que me uno à revolução pela liberdade e dignidade. Anuncio que a partir de hoje sou um soldado nesta revolução abençoada", disse Hijab, por meio de declaração lida pelo porta-voz.
Hiyab foi ministro da Agricultura e assumiu o cargo de primeiro-ministro no dia 26 de junho na terceira remodelação do Executivo sírio desde que explodiu a rebelião contra o regime de Bashar al Assad em março de 2011.
A fuga do premiê foi uma das deserções de maior visibilidade do círculo político e militar do presidente Bashar al-Assad. No domingo, a televisão Al Arabiya relatou que um alto oficial da inteligência síria também havia desertado para a Jordânia.
Hijab, um muçulmano sunita da província de Deir al Zor, também sunita, pertencia ao aparato do partido da situação, o Baath.
De acordo com informações de rebeldes divulgadas pela agência de notícias AP, outros três ministros também teriam desertado.
Já a Reuters informou que dois ministros e três oficiais do exército desertaram para a Jordânia, juntamente com o primeiro-ministro.

O conflito que assola a Síria há 17 meses transformou-se em guerra civil e já matou 19 mil pessoas, segundo o grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Com agências de notícias

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