RodapéNews - Edição de quinta-feira, 02/08/2012 (informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto, associando os fatos)


 

HISTÓRIA INCRÍVEL VIVENCIADA PELO ESCRITOR BRASILEIRO NASSAR RADUAN PARA DOAR FAZENDA AO ESTADO BRASILEIRO:
FERNANDO HADDAD ACEITA PROPOSTA DE DOAÇÃO DE FAZENDA QUE FOI RECUSADA POR JOSÉ SERRA
  
  • Durante a gestão de José Serra, governo do Estado de SP recusa doação de fazenda de propriedade do escritor brasileiro Nassar Raduan, autor, entre outros livros, de Lavoura Arcaica, em razão de estar condicionada à criação de uma faculdade de agronomia.
  • Por sua vez, ao procurar o governo federal, a tarefa desta negociação  ficou com o então ministro da educação, Fernando Haddad, que prontamente aceitou a proposta de doação, concretizada posteriormente com a participação da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar)
  • Mesmo doando a fazenda para a Ufscar, avaliada em R$ 11 milhões, Raduan teve que recolher R$ 421 mil para o município de Buri (SP), referente ao ITBI (Imposto sobre a transmissão de bens imóveis), que não abriu mão da cobrança deste imposto mesmo diante do caráter humanitário e filantrópico da doação
  • Esta síntese foi extraída de reportagem da revista Piauí do mês de julho passado, constante do link abaixo
 
Revista Piauí - Edição nº 70 - julho/2012
Depois da lavoura
Trinta anos após deixar a literatura, Raduan Nassar doa sua fazenda a uma universidade pública, abandona a agricultura e se recolhe em silêncio no Retiro Feliz
O longo e penoso processo de tentativa de doação da Lagoa do Sino começou em abril de 2007, quando Raduan enviou uma carta à USP fazendo a oferta. Passaram-se meses sem resposta, segundo o contador Messias Barboza, até que o escritor procurasse diretamente o governo do estado. Precisou reiterar a sua intenção de transferir a propriedade, gratuitamente.
“Nos colocaram então em contato com a direção da Esalq”, afirma Barboza. Professores e alunos fizeram visitas à fazenda – vinham em grupos grandes, de ônibus, e demonstravam satisfação irrestrita com o que viam. Dechen não nega o entusiasmo, mas explica que mesmo assim as negociações chegaram a um impasse. A Esalq avaliava ter encontrado “um lugar fantástico para um polo avançado, em que alunos pudessem fazer, por exemplo, estágios de conclusão de curso”. Mas Raduan, segundo o vice-reitor da USP, fazia questão de que o novo campus oferecesse cursos de graduação.
A universidade tinha dúvidas sobre a viabilidade de novas faculdades na região. Segundo o ex-diretor da Esalq, não era possível garantir que haveria demanda por parte dos estudantes. “Virão cinquenta alunos de agronomia? Com as escolas que já existem? E iam morar onde? Não podia dar a garantia de que iria abrir um curso”, argumentou Dechen.
Barboza diz ter recebido outra explicação da USP. Numa carta a Raduan, a universidade alegou não poder garantir os investimentos exigidos pelo escritor em sua propriedade – a construção de 7 500 metros quadrados em novas instalações – para realizar a doação. “Não sabemos por que não deu certo”, diz o contador.
As negociações se estenderam por mais de dois anos e meio, até o final de 2009. Segundo Newton, o escritor se desgastou bastante nesse período. “Seu Raduan não sabia se plantava, se não plantava. Ficou decepcionado.”
Um conhecido de Raduan e amigo de Gilberto Carvalho, o atual secretário-geral da Presidência, relatou ao então chefe de gabinete de Lula as dificuldades enfrentadas pelo escritor para doar a fazenda. A possibilidade de transferência da propriedade a uma universidade federal foi discutida entre Carvalho e o presidente, que repassou a tarefa a Fernando Haddad, então ministro da Educação.
“Recebi um telefonema do Gilberto Carvalho, falando do caso”, disse o candidato do PT à prefeitura de São Paulo. “Quando ele me ligou, estávamos planejando uma terceira fase de expansão das federais.”O local da fazenda casava com os interesses do governo, explicou Haddad, por se tratar de uma região onde “não havia oferta de educação pública”.
A transferência só foi concluída no governo Dilma. Com um custo extra para o escritor. Pela lei brasileira, o imposto de renda sobre ganho de capital – a diferença entre o preço de aquisição e o valor do mesmo bem na hora da transferência – é devido mesmo nos casos de doação. Por entregar gratuitamente sua fazenda ao poder público, Raduan foi taxado em 483 mil reais.
Saiba mais
 
NESTA QUINTA, ÀS 22h,  NA BAND, 1º DEBATE DOS CANDIDATOS A PREFEITO DE SÃO PAULO E DE OUTRAS 20 CIDADES
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Debate na Band entre candidatos à prefeitura é nesta 5ª
Mais uma vez a Band sai na frente e realiza os primeiros debates entre candidatos às prefeituras de "vinte e uma" cidades brasileiras. Os confrontos acontecem nesta quinta-feira, a partir das dez da noite. O BandNews TV transmite o debate de São Paulo ao vivo
 
SP SEM SEGURANÇA, INVESTIGAÇÃO SÉRIA É FEITA POR PAI DE VÍTIMA
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Pai manda para a cadeia 5 PMs que mataram seu filho
Eletricista investigou por conta própria execução de rapaz pela polícia: ‘Ele nunca fez nada de errado, sempre evitou a violência’
 
PAGAMENTO DE PROPINA  PARA LIBERAÇÃO DE SHOPPINGS EM SP EM 2008: 
CORRUPÇÃO NA PREFEITURA DE SÃO PAULO (GESTÃO KASSAB)  E NO GOVERNO DE SP (GESTÃO SERRA)
Estadão - 02/08/2012
E-mails indicam que shopping de SP pagou propina a subprefeitura e DER
Mensagens que envolvem executivos e despachantes sugerem pagamentos para evitar fiscalização e multas
SÃO PAULO - Trocas de e-mails em poder do Ministério Público Estadual (MPE) reforçam a tese de que o Shopping Raposo, na zona oeste de São Paulo, pagou propina para fiscais da Subprefeitura do Butantã e para funcionários do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A conversa, obtida pelo Estado, envolve executivos do shopping e despachantes e sugere que os pagamentos foram feitos para evitar fiscalização e multas de ambos os órgãos
 
FIM DA CONCESSÃO DE EXPLORAÇÃO DE RODOVIAS NO RIO GRANDE DO SUL:
COMO ESTA DECISÃO REPERCUTIRÁ NO BOLSO DE DOS CIDADÃOS QUE PAGAVAM PEDÁGIOS, DESDE 1996, COM TARIFAS EXTORSIVAS?
Viomundo
Claudir Nespolo: As mudanças na cobrança de pedágios no RS
Em 1996, o conjunto de políticas do governo Britto (PMDB), em sintonia com o governo FHC (PSDB), transferiu para a iniciativa privada a gestão de empresas e serviços públicos. Era a aplicação do modelo neoliberal do Estado Mínimo. No caso das rodovias, inclusive as federais, então “concedidas”, formou-se uma verdadeira máquina de extorquir dinheiro em cima de um patrimônio já instalado.
Os gaúchos convivem desde então com um modelo de pedágio caracterizado, por um lado, pela cobrança de altas tarifas e, por outro, sem ser assegurado ao cidadão contrapartidas de investimentos em melhorias das rodovias estaduais, prejudicando os trabalhadores e o desenvolvimento regional
 
 
LITERATURA & CINEMA
Estadão
Sylvio Back prepara-se para filmar 'Angústia', de Graciliano Ramos
Cineasta já fez o documentário 'O Universo Graciliano', espécie de preparação para a adaptação da obra ficcional
 
 

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